O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que decretou um aumento do salário mínimo de 30% para fazer frente à inflação que, garantiu, está em torno de 80%. Segundo ele, a medida também foi tomada para resguardar o trabalhador dos "capitalistas ladrões".
O salário mínimo mensal vigente na Venezuela até hoje era de 7.422 bolívares, o equivalente a 37,11 dólares com câmbio de 199,85 bolívares por dólar, a taxa oficial mais alta, dentro do complicado sistema de controle de divisas que vigora no país.
Com este ajuste anunciado hoje, o salário passará para 9.649 (48,2 dólares) e "imediatamente, devem ser ajustadas todas as tabelas da administração pública e das forças armadas", ordenou o presidente.
Segundo Maduro, esta medida "representa um aumento anualizado de 137% da renda mínima vital dos trabalhadores" que vai "muito além da inflação" e assegurou que o Banco Central da Venezuela (BCV) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) lhe informaram que a inflação está "perto de 80%".
A informação sobre o índice de inflação foi oferecida por Maduro depois que, ao longo de todo o ano de 2015, o BCV deixou de apresentar dados mensais, tanto do índice de preços ao consumidor, como da evolução do Produto Interno Bruto (PIB).
"Pode estar por aí, perto de 80 %, me disseram, são as projeções. Agora, cabe a eles, ao BCV e ao INE, anunciar essas estatísticas", disse o presidente ao indicar que a inflação de 2015 é "induzida, especulativa, criminosa", que foi promovida pelo setor privado e pela oposição de seu país.
Em maio, Maduro também decretou um aumento de 30% que se diluiu com a inflação deste ano que, segundo economistas e porta-vozes da oposição, é superior a 150%.
No dia 5 de outubro, o Centro de Documentação e Análise Social (Cendas) da Federação Venezuelana de Professores divulgou um relatório que indicava que uma família venezuelana de cinco pessoas necessita de dez salários mínimos para adquirir a cesta básica de produtos indispensáveis.
A Venezuela tem um dos piores desempenhos econômicos da região neste ano após encerrar 2014 em recessão e com uma inflação acima de 65%, a mais alta da América Latina, e vem sofrendo especialmente devido à queda drástica dos preços internacionais do petróleo que rondam os 40 dólares por barril.
News Destaques
News Política
News Polícia
Editoria de Cultura
Editoria Geral
News Eleições 2020
News Vagas de Emprego
Todos os direitos reservados. © News Rondonia - 2021.