Os três grandes setores da economia (agropecuária, indústria e serviços) desaceleraram ainda mais entre junho e julho, o que provocou queda maior no PIB (Produto Interno Bruto). Nos três meses até julho, o recuo foi de 2,9% em relação a igual período de 2014, estima o Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), por meio do Monitor do PIB.
O resultado é pior do que a redução de 2,6% observada no segundo trimestre deste ano, no mesmo tipo de confronto, como divulgado pelo IBGE no fim de agosto. A FGV tem procurado antecipar os resultados por meio de estimativas que utilizam as mesmas fontes de dados e a mesma metodologia empregada pelo IBGE, responsável pelo cálculo oficial.
Em 12 meses, o PIB brasileiro já encolhe 1,5% até julho, segundo os dados obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da "Agência Estado". Esse indicador é o que tem tido maior aderência aos dados efetivamente anunciados pelo IBGE.
Nos serviços, responsáveis por mais de dois terços da economia brasileira, a queda do PIB ficou em 1,7% no trimestre encerrado em julho ante igual período do ano passado. A piora é mais sensível nos outros serviços e nos transportes, enquanto o comércio mantém o desempenho negativo.
Segundo o economista Claudio Considera, que já chefiou a Coordenação de Contas Nacionais do IBGE e hoje é responsável pelo Monitor do PIB, os indicadores têm se deteriorado à medida que o consumo das famílias encolhe. No trimestre até julho, o consumo das famílias brasileiras diminuiu 3,0% na comparação com igual período do ano passado, estima o Ibre/FGV.
"Isso ocorre por conta do desemprego, da queda na renda e da paralisação no crédito. As famílias estão consumindo menos daqueles bens que podem prescindir", afirmou Considera. "O consumo continua se deteriorando, e isso chegou aos bens não duráveis, tidos como mais essenciais."
O IBGE não costuma divulgar dados desagregados para o consumo das famílias, mas o Ibre/FGV estima que o consumo de produtos não duráveis caiu 1,5% no trimestre até julho ante igual período de 2015. Com isso, essa categoria entra para a mesma zona negativa em que já estavam há mais tempo os bens semiduráveis e os duráveis.
Com as famílias cada vez mais seletivas, a indústria não tem demanda para produzir. O PIB da atividade encolheu 5,6% no trimestre até julho em relação a igual período do ano passado, segundo o Monitor do PIB. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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