Tambu Makinzi, da África do Sul, notou que havia algo de errado com ela quando sentiu fortes e constantes dores de cabeça.
Quando sua testa começou a inchar, a mulher de 27 anos resolveu ir ao hospital, descobrindo que estava sofrendo com um câncer ósseo raro, chamado condrossarcoma.
Durante quatro anos, a mulher passou por uma série de operações bem-sucedidas, quimioterapia e radioterapia. Porém o tumor sempre voltava, ainda mais agressivo. Ele devorou todo o seu rosto, corroendo seus ossos nasais e mandíbula, deslocando seu olho esquerdo e acabando com seu olfato. Ela chegou a viajar a Londres, na Inglaterra, onde especialistas disseram que ela tinha apenas alguns meses de vida. Ela precisaria passar por uma complexa operação, caso contrário, não teria mais solução.
Em Londres, Tambu onde conheceu o professor Iain Hutchison, do instituto de caridade e pesquisa Saving Faces, empenhado na prevenção e tratamento de doenças faciais. Hutchison é um cirurgião maxilofacial do Barts Hospital, e reuniu uma equipe de seis cirurgiões para ajudá-lo a executar a operação pioneira para remover o tumor da mulher. Primeiro, eles removeram 2 kg do tumor que estava pressionando seu cérebro, olhos e nariz. Em seguida, usando músculos das costas e duas costelas de Tambu, ele reconstruiu seu rosto. A operação exaustiva durou pouco mais de 24 horas.
Mas, com uma operação tão inovadora, existem complicações. Quando a reconstrução falhou pela primeira vez, a vida de Tambu ficou em risco. Após mais de 35 horas na mesa de operação, ela finalmente ganhou um novo rosto, usando músculos e tecidos de sua perna. Os cirurgiões também conseguiram salvar seu olho direito.
Antes da operação, Hutchinson disse: “Este é um dos casos mais raros de câncer. Eu tratei três pacientes com ele em toda a minha carreira, por isso é difícil dizer o quão agressivo ele é”. O tumor de Tambu tinha corroído seu osso nasal e o osso maxilar superior, deixando um grande buraco em seu rosto. Antes da operação, ela passava a maior parte de seus dias dormindo, exausta por carregar o tumor de quase 2 kg.
Hutchison revelou que a operação que mudou sua vida, caso desse errado, poderia resultar em sua morte. Após a primeira operação falhar, ele temeu pela vida da paciente. “Quando isso acontece você tem que enfrentar e tentar encontrar maneiras de contornar o problema. Se você não conseguir uma vedação entre o cérebro, o rosto e a boca, em seguida, todas as bactérias vão entrar no cérebro, causando meningite, encefalite e morte".
Ela voltou à sala de operações, graças a fundos arrecadados por sua família, e Hutchison conseguiu obter um suprimento de sangue para reconstruir uma segunda camada de pele. Cinco dias depois, a cirurgia aconteceu. O processo correu bem e ela foi dispensada após pouco mais de 2 meses no hospital.
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