Um dia após o Brasil perder o selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poors, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que são necessárias reformas estruturais para a retomada do crescimento da economia nacional e admitiu que um possível aumento de imposto está em processo de estudos.
— Talvez você tenha que pagar um pouco mais de imposto, mas a economia vai crescer mais rápido. [...] É um investimento que vale a pena.[...] A gente não deve ser vítima de uma miopia na questão dos impostos.
Para o ministro, a medida, que está em processo de análise, pode garantir a retomada do crescimento e fazer com que o País continue seguro para investidores, trabalhadores e famílias.
— Se a gente tiver que pagar um pouquinho de imposto para o Brasil ser reconhecido como forte lá fora, eu tenho que certeza que vai ser positivo.
Segundo Levy, “é preciso trocar a fiação da casa” e algumas das medidas são as reformas do PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) dos Estados. No caso do ICMS, Levy cita a necessidade de uma convergência da alíquota para que o valor arrecadado fique no Estado onde ele foi pago.
— Muitas coisas consumidas no Nordeste recebem um imposto que é distribuído para todas as unidades da federação. Essa reforma, além de ser muito boa para as empresas, é uma peça fundamental para destravar o investimento e fazer o Brasil voltar a crescer.
Orçamento 2016
O Orçamento enviado para o Congresso com a expectativa de um rombo superior a R$ 30 bilhões para o ano que vem também foi tema da entrevista de Levy com jornalistas nesta quinta-feira (10). Para o ministro, o documento visa construir uma ideia de passar segurança com as contas do governo.
— As despesas deste ano devem ser 40% menores do que a do ano passado e o Orçamento do ano que vem foi construído com uma economia muito próxima.
Levy afirma que a reforma para a retomada do crescimento não vai ficar só por conta da população. De acordo com ele, o governo também está cortando os gastos para deixar o Orçamento mais transparente.
— O governo está economizando R$ 80 bilhões em relação aos gastos autorizados pelo Congresso para este ano.
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