O controle do rebanho de búfalos na região do Vale do Guaporé, em Rondônia, foi debatido na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nesta quinta-feira (20), em reunião que contou com o presidente da entidade, Claudio Carrera Maretti e o secretário-adjunto de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Francisco de Sales.
O representante da Sedam falou do estudo desenvolvido pela secretaria, que contempla o manejo de forma a atrair gradativamente o gado com alimento, o momento de confiná-lo. “Inicialmente usaremos o sal, pois estes animais sentem necessidade deste componente. O cloro e sódio são fundamentais para o metabolismo bubalino”, explicou. Após a restrição da área haverá um período de quarentena onde serão avaliadas as condições de saúde dos animais e a indicação do abate via frigorífico.
Sales demonstrou a necessidade urgente do apoio, principalmente financeiro do ICMBio ao projeto, pois o rebanho solto na região representa degradação ambiental, risco a humanos e pelo modo de vida selvagem não há controle de doenças. “Pensamos muito na questão da febre aftosa, pois trabalhamos ano a ano para que Rondônia continue como área livre da aftosa”, destacou.
Claudio Carrera solicitou o projeto, que será entregue para análise e viabilidade do setor competente do ICMBio. Será necessário investimento na construção e custeio de pessoal por prazo médio de cinco anos. Nos primeiros 12 meses serão necessários R$ 1,6 milhões para custear a construção de área para quarentena, adestramento, currais, coxo, incinerador, barcos, alojamento, materiais de consumo e despesas com funcionários. Nos anos seguintes o custo fica em torno de 15% do inicial, segundo os estudos, R$ 600 mil/ano.
BÚFALOS DE MARAJÓ
Os búfalos foram introduzidos em Rondônia na década de 1950. Provenientes da Ilha de Marajó (PA) para a experiência de fornecer leite e carne, as 30 cabeças de gado dócil não geraram os resultados esperados, e em 1953 foram soltas, seguindo para a região do Vale do Guaporé. Atualmente os dados apontam mais de 5 mil reses que não tiveram contato com humanos e se tornaram ferozes, numa região sem predadores.
Rondônia possui título concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de área livre da aftosa desde o ano de 2002. Além da aftosa, as doenças mais comuns destes animais são tuberculose e brucelose.
Também estiveram na reunião os servidores do ICMBio, Flavia Oliveira, coordenadora de Compensação Ambiental, Celso Stecanela, coordenador-geral de Planejamento e Orçamento, José Lopes de Sousa, diretor-substituto de Planejamento, Administração e Logística e a superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília, Elizete Lionel.
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