Autor: Emerson Barbosa
Novos levantamentos, desta vez mostrando números dos prejuízos causados pelo desmatamento da Floresta Amazônica revelam que a maior floresta tropical do planeta dentro do Brasil nunca esteve tão em risco como no atual governo de Jair Bolsonaro.
Christian Braga – Greenpeace
Um relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra, que a Amazônia perdeu de janeiro de 2019 a junho de 2022, 31 mil km². A área corresponde ao país da Bélgica inteiro. A contabilidade trazida pelo Inpe acompanha recordes por cima de recordes.
Somente durante junho e julho deste ano, o desmatamento consumiu cerca de quase 3 mil km². Nem mesmo a estação mais chuvosa do ano foi capaz de frear o desmate ilegal, entre janeiro e fevereiro, a Amazônia perdeu 629 km² de sua floresta que era intacta.
O levantamento por meio da Coordenação Geral de Observação da Terra (Deter) trouxe três grandes períodos em que a Floresta Amazônica praticamente sucumbiu, entre agosto de 2021 e junho de 2022 (8.590 km²); agosto de 2020 a julho de 2021 (8.780 km²) e agosto de 2019 a julho de 2020 com (9.2016 km²). Todos sob a tutela do governo de Jair Bolsonaro, responsável, segundo o Inpe por 31.287 km² do total de desmatamento, superando os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Nilmar Lage- Greenpeace
Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, o desatamento na Amazônia é nada mais “que uma ação ‘meticulosa’ do governo de Jair Bolsonaro e seus generais como forma demonstrar a governança socioambiental no Brasil”.
Ainda segundo o Deter, aliado a isso, estaria o “enfraquecimento dos órgãos de fiscalização pelo atual governo, que declara sob a afirmação MapBiomas que “somente 2,4% dos alertas de desmatamento emitidos no país resultaram em uma ação por parte do governo”.