Autor: Camila Stucaluc
Um estudo desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas Social (FGV) mostrou que cerca de 29,6% dos brasileiros viveram com renda domiciliar per capita de até R$ 479 mensais em 2021. A cifra representa 62,9 milhões de pessoas, sendo que, em apenas dois anos, 9,6 milhões ingressaram no grupo de brasileiros que vivem em situação de pobreza.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Segundo os dados, o Litoral e Baixada Maranhense representa a maior proporção de pessoas em situação de pobreza, com 72,59% de habitantes. Já Florianópolis concentra a menor população pobre do país, com 5,7%. Trata-se de uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira.
Fonte: FGV Social, elaboração própria a partir da PNADC/IBGE
Em relação à queda de renda entre 2019 e 2021, as famílias de Pernambuco foram as mais prejudicadas (8,14%). Em seguida, estão os estados de Rondônia (6,31%), Espírito Santo (5,92%) e Bahia (4,90%). As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95%) e Piauí (0,03%).
"A pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua em 2012. Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados", destaca o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
Fonte: FGV Social, elaboração própria a partir da PNADC/IBGE