Autor: João Pedro Malar
O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, atingiu o menor valor em mais de três meses no domingo (8) e segue em queda nesta segunda-feira (9), refletindo uma piora do pessimismo no mercado em relação à situação da economia global, com uma aversão a riscos maiores devido a temores de uma desaceleração intensa da atividade.
Com novas quedas, bitcoin se distanciou ainda mais das máximas no segundo semestre de 2021 | Dado Ruvic/Reuters
Por volta das 10h desta segunda-feira (9), a criptomoeda recuava 8,76%, cotado a US$ 32.905, segundo dados da plataforma Refinitiv.
O valor é o menor desde 22 de janeiro deste ano, e está distante das máximas atingidas no segundo semestre de 2021, quando a criptomoeda ultrapassou os US$ 60 mil.
A criptomoeda já vinha recuando ao longo da semana anterior, acompanhando as quedas das ações de tecnologia nos Estados Unidos. O setor está entre os mais prejudicados pela alta de juros no país, com as empresas precisando pagar juros de dívidas maiores.
O cenário piorou nesta segunda-feira após a divulgação de dados sobre a economia chinesa. As exportações do país atingiram os menores níveis em dois anos, refletindo uma série de lockdowns enquanto o governo chinês tenta controlar o pior surto de Covid-19 até o momento.
O resultado da balança comercial de abril reforçou temores de uma forte desaceleração da economia global e, por consequência, gerou uma aversão a riscos, o que prejudica ativos considerados mais arriscados, caso das criptomoedas, e favorece outros vistos como mais seguros, como o dólar, que segue se valorizando.
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