Após relatar o drama dos moradores da Ponta do Abunã sobre o suposto uso irregular de agrotóxicos em plantas, árvores frutíferas e hortaliças, o News Rondônia provocou uma resposta da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON) sobre as denúncias que movimentaram os últimos dias as redes sociais dos moradores da região.
Os questionamentos foram enviados nesta quinta-feira (13) para a autarquia que é subordinada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (SEAGRI) e de pronto, o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da IDARON, Jessé de Oliveira Júnior, informou que o órgão não tinha conhecimento das denúncias e que uma equipe já está se organizando para iniciar as investigações.
Limitando-se a um breve questionário, o IDARON não deu datas para a conclusão dos trabalhos, não informou quais são as etapas do processo de inspeção e muito menos deu orientações sanitárias em virtude do suposto envenenamento de plantas e hortaliças.
“Todas as vezes que tomamos conhecimento de alguma contaminação por pulverização, por denúncia ou pela imprensa, a gente abre investigação interna para poder verificar se houve alguma irregularidade para verificar o que está acontecendo. Quando entrei em contato com a equipe de Extrema, eles já tinham lido a notícia e tá se movimentando para averiguação”, disse Oliveira.
Nos últimos dias, moradores dos Distritos de Extrema e Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho, passaram a relatar que plantas, matos medicinais, árvores frutíferas e hortaliças estavam morrendo, misteriosamente, após apresentarem manchas amareladas nas estruturas. A grande maioria referência, como suposta causa do problema, as pulverizações feitas por aviões agrícolas que prestam serviços às fazendas da região. O que intriga neste caso é que o processo atingiu a zona urbana dos distritos.
Os moradores estão amedrontados, afinal, ficam em dúvida se podem ou não comer desses alimentos. Sem uma orientação técnica, mas com senso de prudência, muita gente preferiu evitar o consumo. Culturalmente, na maioria das cidades da Amazônia, o plantio de hortaliças, frutas e leguminosas nos fundos dos quintais e nos terrenos abandonados, são comuns. Na maioria das vezes, esses alimentos ajudam na alimentação de famílias carentes.