Projeto de Autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO), o PL de nº 3.704, de 2019 é apenas uma parte de uma singela homenagem que deve ser concedida a um dos maiores homens da atualidade na Região Norte. Dom Moacyr Grechi, bispo do Acre e arcebispo metropolitano de Porto Velho Rondônia é o nome mais contado para batizar a Ponte do Rio Madeira em Abunã.
O presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, assinou em dezembro passado um Decreto, colocando em apreciação o nome do religioso Dom Moacyr Grechi para a mega estrutura. O documento segue para análise dos senadores. No ano passado o texto já havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, Cultura e Viações e Transportes.
Por sua vez o senador Marcos Rogério (DEM-RO), por meio do Projeto de Lei nº 4688, de 2019 tem preferência por outro nome. No PL de relatoria da senadora Mailza Gomes (PP-AC), M.R expõem como escolhido o ex-governador do Território Federal do Guaporé e Rondônia, além de coronel do Exército, Paulo Nunes Leal.
Na ementa, Rogério explica que Nunes Leal esteve presente na “ligação rodoviária entre Porto Velho e São Paulo com a BR-364”. A pauta segue em tramitação. Paralelamente está o PL da deputa federal Mariana Carvalho (PSDB-RO). Nele a parlamentar destaca o nome do engenheiro, Francisco Correa Modesto, morto em maio de 2021 em um trágico acidente de carro na BR-364. Carvalho explica que o engenheiro “esteve desde o início tratando da elaboração da obra”, que começou em 2014 no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nascido em Turvo, Santa Catarina, em 1931, Dom Moacyr Grechi foi nomeado bispo da diocese de Rio Branco Acre em (1972) pelo Papa Paulo VI. Já no ano de 1998 o religioso deixaria o Acre, passando a ser arcebispo da Arquidiocese metropolitana de Porto Velho Rondônia onde faleceu, aos 83 anos no dia 17 de junho de 2019.
No Acre, Dom Moacyr lutou pelos direitos sociais da população. Foi um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). No estado, Grechi buscou a punição dos assassinos do seringalista Chico Mendes em Xapuri, ele enunciou o grupo criminoso composto por policiais que agia sob o comando do ex-coronel da PM acriana Hildebrando Pascoal em meados dos anos 90, situação da qual passou a ser jurado de morte.
Em Porto Velho Rondônia, dom Moacyr esteve a frente do desenvolvimento da Faculdade Católica. Na Comissão de Justiça e Paz foi a voz e vez dos menos favorecidos. Pautou sua vida sob o lema: “o último de todos e o servos de todos”. Nos anos de (2001 e 2004) foi envolvido em gravíssimos acidentes de automobilísticos que por pouco não lhe vitimaram. Porém, os acidentes o deixaram com sequelas que lhe acompanhariam até os últimos dias de vida.
Com aproximadamente 1,5 Km e 14,9 de largura, a Ponte do Rio Madeira em Abunã passou a interligar em 2021 os estados de Rondônia e Acre na Região Norte. O empreendimento é classificado como a segunda maior obra desfilando em rios de água doce do Brasil. A estrutura só perde para a Ponte jornalista Phelipe Daou que liga a capital Manaus ao município de Iranduba no Amazonas.