A imagem de um trator tombado, que segundo informações pertence ao maquinário do governo estadual reflete na insegurança, instaurada hoje, no Parque Estadual Guajará-Mirim Rondônia.
O maquinário foi enviado assim como outros equipamentos para dar manutenção na ponte sobre o Rio Horizonte ou (Rio do Meio).
Além de outros acessos que estão se deteriorando por conta das chuvas. A estrutura foi alvo de vandalismo na madrugada da segunda-feira (20).
Parte do vão central foi destruído. Acredita-se que os criminosos tenham feito uso de um motosserra pelas características dos danos presenciais. Com isso, veículos de grande porte e até mesmo os menores estão impossibilitados de ter o acesso para chegar a áreas vizinhas.
A ponte fica localizada na chamada Estrada Parque e/ou (Estrada da Salvação), entre os municípios de Nova Mamoré e Buritis. A região é considerada um dos epicentros de invasões de terra no estado.
Informação apurada pelo jornalismo do News Rondônia, aponta pessoas associadas como sendo grileiros estariam impedindo o trabalho dos servidores do Departamento Estadual de Estrada de Rodagem (DER).
Organizações ambientais na Amazônia ligam o Projeto de Lei aprovado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO) e em seguida sancionado pelo governador Marcos Rocha (sem partido) como possível foco dessa tensão.
O documento “desafetou” áreas como o Parque Estadual Guajará-Mirim e a Reserva Extrativista de Jacy-Paraná. Mas a medida bastante criticada entre ambientalistas no Brasil foi dada como inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (TJ).
O problema, segundo ONG’s é que os invasores aproveitaram da “oportunidade de legalização”, um tanto quanto duvidosa para desafiar as próprias instituições públicas. “Esses grileiros querem fazer o que sempre fazem no estado inteiro, invadir as áreas protegidas, pois eles acreditam na certeza da impunidade”, explica um representante de ONG que prefere não se mostrar.
No local, a insegurança é generalizada, mas nos últimos meses a apreensão por conta de um incidente mais grave tem aumentado. Um Comitê formado por membros do Parque Estadual Guajará-Mirim elaborou uma “Carta de Repúdio” endereçada aos órgãos públicos como o Tribunal de Justiça (TJ), o Ministério Público Estadual (MP-RO) e principalmente ao governador Marcos Rocha (sem partido).
No documento, membros do Comissão pedem proteção urgente aos servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento (Sedam) e policiais militares que estão no meio do fogo cruzado.
Ambientalistas já haviam denunciado os conflitos agrários no Parque que acontece com foco no desmatamento e na grilagem de terras.
No último dia, 06, uma equipe de fiscalização foi alvo de um atentado terrorista dentro do Parque, dois servidores foram atingidos por tiros.