Esta semana houve a reconstituição em torno da morte de Monalisa Gomes da Mata, 24 anos, pela Delegacia de Homicídios da capital. Dois homens apontados como suspeitos foram levados de volta ao local em que a vítima foi encontrada já sem vida, uma vila de apartamentos na Avenida Calama Bairro Embratel no dia 07 deste mês.
Antes mesmo da reconstituição a delegada que investiga o episódio Leisaloma Carvalho Ressem já trabalhava com a tese de assassinato, o que depõem contra os argumentos dos acusados, eles alegam que a vítima se matou. “A vítima Monalista foi levada em tese pelo companheiro e o amigo do companheiro que era amigo dela até a uma “unidade do Samu”, sob o argumento que ela havia sido encontrada no apartamento onde morava e que havia se suicidado. Os dois disseram que ela tinha um fio de varal enrolado ao pescoço”, disse.
Mas é justamente tal argumento que não convence os investigadores. Laudos periciais apontam que Monsalisa não morreu por suicídio, como os suspeitos declararam, mas foi estrangulada.
“A investigação desde o primeiro dia leva a crer que a vítima, na verdade não foi levada por ela ao suicídio, mas sim vítima de um feminicídio. O laudo tanatoscópico é conclusivo no sentido de afirmar que a jovem foi vítima de estrangulamento”, afirmou a delegada.
A polícia esclarece que no dia do crime não tem dúvidas de que o namorado de Monalisa, Thiago C. A e o amigo dele, João P. P. dos S, um jornalista estavam presentes no interior do imóvel. Ambos negam, mas testemunhas afirmam ter visto eles, inclusive carregando a mulher desacordada. “Baseado no laudo técnico, o laudo tanatoscópico, as oitivas das testemunhas e com os próprios interrogatórios que levam a contradições, tudo aponta que os dois estavam no local do crime”.
Os homens seguem presos preventivamente. “Cada qual apresentou uma versão dos fatos. Existe contradições entre eles, inclusive na posição onde o corpo da vítima foi encontrado. Um fala que ela estava sentada, o outro que estaria deitada. Eles (suspeitos) não conseguiram chegar num consenso com relação a versão apresentada,” explica Leisaloma.
Leisaloma declarou que a reconstituição esclareceu ainda mais o que já prescrevia nos autos policiais. “Essa vítima, infelizmente não morreu em decorrência de suicídio, mas feminicídio”, finaliza.