Há pelo menos 19 dias o trecho do Rio Madeira, na localidade “Rosarinho” em Autazes no Amazonas virou uma grande ilha flutuante. Do alto o cenário dá uma dimensão do tamanho da exploração ambiental. É assustador. Cena assim somente foi vista durante o grande ciclo do ouro na década de 80 no próprio Rio Madeira.
Dragas e balsas praticamente fecharam o leito do rio que nasce em Rondônia e, é um dos principais afluentes do Rio Amazonas. Com a repercussão após a denúncia do Greenpeace e a imprensa, o governo brasileiro forçado resolveu agir, diante da inercia das autoridades amazonenses.
A informação obtida com exclusividade pelo jornalismo do News Rondônia é de que parte dos garimpeiros que estavam bloqueando quase que todo o trecho do manancial saiu do local durante a madrugada. Dos 300 equipamentos mais 200 conseguiram escapar do cerco policial.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o país vai montar um contra-ataque contra a dragagem na região. Mesmo assim, as declarações de Mourão que tentou justificar a garimpagem não foram bem recebidas pelos grupos ambientais quando ele se referiu que a “situação acontecia todos os anos”.
Mourão não deixa ter razão, mas o cenário visto no Amazonas é algo assustador, superando até mesmo a presença de dragas no mesmo Rio Madeira em Porto Velho Rondônia no ano de 2016 e 2019. Imagens do Greenpeace conseguiu flagrar aproximadamente 300 equipamentos em Autazes. É justamente no local que acontecia a exploração de ouro na área que não permite a garimpagem.
Em entrevista o ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres confirmou que o governo federal está se reunindo com os entes envolvidos com objetivo de deflagrar uma grande operação.
“Terminando o planejamento operacional e nos próximos dias estaremos subindo com força par lá”, disse.
As ações devem contar com agentes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Exército e órgãos ambientais.
Do lado de lá o que pensam os garimpeiros com toda essa repercussão? Pois bem. Desde a denúncia, houve diversas manifestações por eles, muitos chegaram a publicar vídeos nas redes sociais zombando do problema e tendo como companheira a de sempre, a certeza da impunidade.