O jornalista Luiz Carlos Azedo, do Correio Braziliense, analisou em sua coluna a trajetória da Txai Suruí, Walelasoetxeige Suruí, que considerou a rondoniense como forte candidata a receber o "Prêmio Nobel de 2022".
A jovem tem apenas 24 anos e confirmou a quebra do monopólio da política internacional durante participação na Conferência da Cúpula do Clima (COP26) que ocorre em Glasgow, na Escócia.
Em seu texto, Azevedo lembrou que o prêmio Nobel da Paz foi criado em 1901 e “não foi capaz de impedir as duas grandes guerras mundiais do século passado, mas contribuiu muito para que a política internacional deixasse de ser monopólio dos chefes de Estado, diplomatas e militares, projetando personalidades que efetivamente contribuíram para que a paz se consolidasse como um valor universal”.
Sobre a jovem Walelasoetxeige Suruí, ele ressaltou que ela “foi a única brasileira a participar da abertura, num inevitável confronto de imagem e objetivos com o presidente Jair Bolsonaro, que gravou uma mensagem e foi passear pela Itália, desprestigiado”. “Tornou-se uma personalidade mundial na luta contra o aquecimento global. É minha candidata ao Nobel de 2022”, escreveu.
Ainda em sua resenha, o colunista ressaltou que a jovem Txai roubou a cena inclusive sobre a figura de Greta Thunberg. “Txai roubava a cena no plenário, ao falar da importância dos povos indígenas na proteção da Amazônia”, completou.