A devastação pelo homem da Floresta Amazônica não cessa. Entra mês e acaba mês, mas o cenário é uma eterna repetição de dados catastróficos divulgados pelos órgãos ambientais. Desta vez, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) trouxe está semana mais um levantamento que mostra o desastre que assola sobre a Amazônia brasileira.
Somente em setembro, a Amazônia perdeu por dia uma área de 4 mil campos de futebol, o equivalente a 1.224 km², praticamente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro. Os dados pertencem ao Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon. Para o Instituto, esse é o pior registro em dez anos.
Ainda de acordo o Imazon, esse foi o sexto mês deste ano em que a floresta obteve a maior área devastada. Em 2012, os meses de março, abril, maio, junho e agosto foram os mais perigosos para a Amazônia. Ainda segundo o Imazon, setembro registrou 1% a mais do que no mesmo período de 2020, quando 1.218 km² da Amazônia deixaram de existir.
Mesmo que silenciosamente e por baixo de ações que não coíbem profundamente a devastação, o órgão aponta que a destruição deste ano é 53% maior que na comparação com 2019, três vezes superior a 2018.
O levantamento soa um alerta sobre a devastação na divisa entre Rondônia, Acre e Amazonas que juntos dividiram o ranking em setembro dos mais destruíram a floresta com 118 km².