Apenas 13 dos 27 governadores assinaram documento em defesa do Superior Tribunal de Federal (STF) contra as ameaças do presidente Jair Bolsonaro a democracia. O documento divulgado, nesta segunda-feira (16) pelo Fórum de Governadores, menciona o teor da crise causada pela postura de Jair Bolsonaro que tem feito constantes ameaças contra a Corte.
Apoiador declarado do governo Bolsonaro, o governador de Rondônia Marcos Rocha (sem partido) é um desses chefes de estado que não assinam o documento, publicado nesta segunda.
No atual momento, o Judiciário tem sofrido ataques e ameaças verbais por parte de Jair Bolsonaro. Numa carta pública pela instituição, sem mencionar nomes, o STF declara que a “Corte só existe com um poder judiciário livre e independente e livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis”, diz a nota que continua. “No âmbito dos nossos estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à serenidade e à paz que a nossa Nação tanto necessita”.
Analistas ouvidos pela reportagem do News Rondônia, acreditam que o ódio de Bolsonaro aumentou, após ter sido derrotado na PEC do voto impresso no Senado, como exigia o presidente nas próximas eleições de 2022. Bolsonaro havia levantado suspeitas contra o sistema eletrônico, ele chegou, inclusive a dizer que apresentaria provas, mas não o fez. Além disso, Bolsonaro ameaça levar nomes de dois ministros do STF ao Senado para que sofressem impeachment. A mensagem é seria e tem impacto muito grande na administração.
A carta é assinadas pelos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PSB); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); de São Paulo, João Dória (PSDB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); do Ceará, Camilo Santana (PT); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Piauí, Wellington Dias (PT); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); de Alagoas, Renan Filho (MDB); de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD); e do Amapá, Waldez Goés (PDT).