Na noite desta segunda-feira (26) o advogado especialista em direito eleitoral, Doutor Juacy Loura, foi o entrevista do programa Informativo News Rondônia, com os apresentadores, Carlos Caldeira e Bruno Eduardo.
O programa iniciou abordando sobre o voto impresso e se a volta desse modelo de votação seria um retrocesso. O doutor afirmou que trabalhou como juiz eleitoral durante 2012 até 2017 e que se questionava sobre a urna, porém, após estudos sobre o equipamento, Juacy mudou sua forma de pensar e acredita que é a melhor forma de votação que o país tem.
Juacy afirmou que o presidente Bolsonaro usa a retórica de fraudes nas votações em 2018 e que deveria voltar o voto impresso, entretanto, jamais houve provas de fraudes nas eleições.
“Nenhum partido alegou fraude desde as últimas eleições presidenciais, somente o presidente da república que fala isso pra jogar pro povo”, disse o Doutor.
Em seguida, Jaucy falou sobre os vídeos que rodaram o Brasil, após as eleições, na qual mostrava pessoas votando em alguém e aparecendo outros rostos na urna. O Doutor disse que nas últimas duas eleições pra cá, há muita desinformação e Fake News sendo compartilhadas e que muitas pessoas acabam acreditando.
De acordo com Doutor, não há nenhum modelo de votação 100%, mas a urna é a que chega mais próximo disso. Em vista que há vários processos de segurança feito para que não haja nenhum problema com as Urnas.
“Muitas pessoas não sabem disso, mas há o teste público de segurança, onde a justiça chama hackers, partido políticos, chama qualquer interessado para tentar manipular a urna, porém, ninguém consegue. Se um dia alguém conseguir, a justiça irá dar um prêmio em dólar”, afirmou Juacy.
Questionado sobre o aumento do Fundão Eleitoral, o doutor afirmou que os partidos políticos tem dois tipos de fundos: O fundo partidário, que é aquele fundo que é dividido entre os partidos todos os anos, independente se tiver eleições ou não, que é um dinheiro para gastar com as despesas administrativas.
Em 2015 o Supremo Tribunal Federal acabou com a doação da pessoa jurídica, ou seja, as empresas que doavam dinheiro para os partidos, que posteriormente, se constatou que não era doação e sim investimento, em vista, que a empresa doava uma quantia e depois recebia muito mais dinheiro, foi encerrado pelo STF.
Em 2017, o congresso criou o fundo especial de financiamento de campanha para ser utilizado nas campanhas eleitorais, já que não tinha mais dinheiro de empresas. Então em 2018, se iniciou com R$ 1,7 Bilhões nas eleições gerais, em 2020 teve um aumento para R$ 2 Bilhões e agora querem aumentar, sem nenhum parâmetro, para R$ 5,7 Bilhões de reais, ou seja, um aumento de 185%.
Confira o programa na íntegra: