A CPI da Pandemia no Senado aprovou hoje (23) o requerimento que convoca para ouvir, em reunião secreta, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. No entanto, a reunião deve ocorrer de forma privada. Witzel já depôs na semana passada, mas pediu para esclarecer alguns fatos posteriormente, longe da sede do poder legislativo.
Membro da CPI, o senador Marcos Rogério (DEM), reclamou da situação onde os parlamentares terão que ouvir Witzel no Rio de Janeiro porque a defesa alegou falta de segurança para o depoente. O representante de Rondônia juntamente com Ciro Nogueira (PP) também questionaram a ausência, no requerimento, do local da sessão remota secreta.
“O Senado tem segurança absolutamente garantida pra qualquer depoente. Nada justifica mobilizar senadores para sair daqui e ir ao Rio de Janeiro ouvir o Witzel sob o argumento de que ele não se sente seguro. Enquanto isso, deixamos de ouvir e investigar o que realmente importa!”, disse Rogério.
Nas redes sociais, Rogério também comentou o assunto. “Enquanto reconvoca Wilson Witzel, que utilizou a CPI como palco político, deixa de reconvocar Carlos Gabas e outras autoridades que poderiam contribuir com as investigações. Desde o início, o G7 vota o que lhe convém, assim como blinda autoridades. Isso é investigação?”, questionou.
Na mesma leva, o senador Jorginho Mello (PL-SC) afirmou que o ex-governador, cassado pelo Superior Tribunal de Justiça por acusações de corrupção, não pode determinar onde será ouvido.
Por causa da sessão secreta, do requerimento, os senadores aqueceram a sessão do dia, promovendo um intrigante bate-boca.