Mais de 800 indígenas, de 25 povos originários, de todo o Brasil continuam acampados em Brasília onde participam de protestos em favor da retomada do julgamento que pode afetar a demarcação de terras mediante a aprovação do Projeto de Lei N° 490/2007 que prevê ainda a criação de um marco temporal para delimitar o que são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Nesta quarta-feira (16), um grupo formado por jovens indígenas de Rondônia chegaram para somar coro ao movimento nacional que vem movimentando os bastidores em Brasília desde a semana passada.
O PL era pauta da reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, ocorrida nesta terça-feira (15), mas não foi analisada. Por conta disso, o grupo deu início a um protesto na Esplanada dos Ministérios. Eles pressionaram o Congresso Nacional para barrar o projeto em questão que pode dificultar o processo de demarcação e facilitar obras e exploração de recursos naturais em terras indígenas.
Também ocorreram confrontos mais quentes durante o dia. Indígenas e policiais militares do Distrito Federal entraram no 'duelo', em frente à sede da Funai, após o presidente da Fundação Nacional do Índio, Marcelo Augusto Xavier da Silva, se recusar a recebê-los. Os índios usaram pedras e flechas para enfrentar a polícia que revidou com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.