Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em uma ação da polícia neste sábado (12), é o sexto chefe da maior milícia do RJ que foi ou morto ou preso.
Sob a chefia de Ecko, o grupo paramilitar mudou de nome e expandiu seu território. A então Liga da Justiça, que começou em 2005 na Zona Oeste do Rio, virou o Bonde do Ecko e hoje está também na Baixada Fluminense e na Costa Verde do RJ.
A linha sucessória da maior milícia do RJ:
Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-vereador, preso em 2007;
Chefia compartilhada entre Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; Toni Ângelo de Souza Aguiar, o Toni Ângelo; e Marcos José de Lima, o Gão. Batman foi preso em 2009; Toni, em 2013; e Gão, em 2014;
Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, irmão de Ecko, morto em 2017;
Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto neste sábado (12).
Entre as atividades exploradas pelo Bonde do Ecko, derivado da Liga da Justiça, estão o controle de postos de combustíveis, transporte irregular e até a extração de saibro. Para manter o controle sobre a população, os criminosos extorquem de moradores e assassinam possíveis rivais.
Ecko era considerado o criminoso mais procurado do RJ e morreu após ser preso dentro de seu reduto, na casa da mulher, dentro da Comunidade das Três Pontes, em Paciência, na Zona Oeste. Ecko foi baleado ao trocar tiros com os policiais.
Expansão
O grupo inicialmente atuava nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na Zona Oeste do Rio, com o nome de Liga da Justiça.
A polícia aponta como alguns dos primeiros chefes do grupo o ex-vereador Jerominho Guimarães e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães.
Em seguida, os chefes da milícia eram Toni Ângelo; Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; e Marcos José de Lima, o Gão, todos ex-policiais. O grupo chegou ao auge em 2007, com assassinatos e controle econômico da região.
Ecko assumiu lugar do irmão
Com todos presos após operações em 2007 e 2008, a configuração da milícia mudou. Carlinhos Três Pontes passou a liderar o grupo. Diferente dos antecessores, ele era ex-traficante do Morro Três Pontes, em Santa Cruz, e tornou-se o chefe do grupo até ser morto em 2017.
A partir daí, o irmão de Carlinhos, Wellington da Silva Braga, o Ecko, assumiu a liderança da Liga da Justiça. Atualmente, o nome do grupo fazia referência ao líder: Bonde do Ecko.
Carlinhos e Ecko morreram em ações semelhantes: foram surpreendidos pelos policiais, resistiram à prisão e acabaram baleados.
Batman, considerado o primeiro grande chefe do grupo, cumpre pena no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na mesma época de sua prisão, também foram condenados por integrar a mesma facção criminosa o ex-vereador Jerominho Guimarães e seu irmão, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães.
Atualmente, Ecko era considerado o miliciano mais procurado do Rio. O grupo chefiado por ele é considerado a maior milícia da cidade. O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem ao miliciano.