A vida de muitos brasileiros foi transformada por trajetórias de esforço, dedicação e sucesso nas práticas esportivas. Meninos que, normalmente, não teriam acesso a padrões elevados de qualidade de vida e renda estável, graças ao futebol, em especial, e outros esportes profissionais conseguiram conquistar o conforto material para suas famílias. E não é só isso, defende o advogado Luiz Paulo Batista, que esta semana conheceu entidades e projetos que apostam nesta fórmula para promover a inclusão social e cultural da juventude da capital rondoniense. “É preciso que a legislação estadual incentive a classe empresarial a destinar recursos de patrocínio, por meio de benefícios fiscais, e o próprio governo, por meio da destinação verbas públicas, para que essas entidades, pessoas e projetos que se dedicam ao esporte tenham o devido apoio para manutenção e ampliação do trabalho que já fazem”, afirmou.
O advogado, que é porto-velhense de coração, morou na cidade por mais de 35 anos, e ainda recorda que na infância humilde, no bairro Liberdade, viu muitos dos colegas de “pelada” da rua serem seduzidos para o mundo nefasto das drogas ou da criminalidade. Muitas vezes os adolescentes não têm esse suporte em casa e isso acaba sendo um ponto fraco para que uma caminhada que poderia ser vitoriosa, seja perdida. “Por isso é preciso que as leis sejam mais eficazes no sentido de fornecer essas condições para que todos façam sua parte, como prevê a Constituição brasileira, as famílias, o Estado e a sociedade organizada, tendo a infância e a juventude como prioridades absolutas”, defendeu.
Luiz Paulo conheceu o talento do menino Dan Bryan, faixa preta e atleta de Taekwondo da Seleção Brasileira, tudo isso com apenas 12 anos. O jovem esportista só não embarcou para os Estados Unidos em 2020 para disputa dos jogos Pan Americanos por que o evento foi cancelado em razão da pandemia. “Quantas vezes nós vemos atletas de Taekwondo e outros esportes fazendo ações nos semáforos, vendendo brigadeiros, água ou simplesmente exibindo sua arte e sua cultura esportiva para atrair doações?”, indagou o advogado.
Para Luiz Paulo, por mais válido que sejam todas essas ações, é preciso que poder público assuma suas obrigações e promova o esporte como forma de inclusão. “Apoiar atletas amadores e profissionais não é só uma questão de justiça para com os recursos que todos cidadãos pagam em altos tributos, é uma forma de mostrar para as crianças qual é o caminho certo, no que a sociedade investe e em quem a gente acredita”, finalizou.