Rio e Fortaleza retomaram a vacinação com a 2ª dose da Coronavac na manhã desta segunda-feira (3). Contudo, ao menos sete capitais permanecem com problemas no estoque e estão sem imunização:
Aracaju;
Belo Horizonte;
Belém;
Campo Grande;
Porto Alegre;
Porto Velho;
e Recife
No domingo, eram oito as capitais com vacinação interrompida. Belém entrou na lista, apesar de ter recebido doses do Ministério da Saúde no fim de semana. Porém, as doses seguem em fase de distribuição, e o cronograma será divulgado nesta segunda, segundo a prefeitura.
O vídeo abaixo mostra que cidades de 16 estados tiveram suspensão na aplicação da segunda dose.
Quando assumiu o Ministério da Saúde, no fim de março, o médico Marcelo Queiroga colocou como meta a vacinação diária de 1 milhão de pessoas "a curto prazo". Contudo, esta meta foi atingida apenas uma vez na média de imunizados ao longo de sete dias: em 29 de abril, quando foram imunizadas 1.008.110 pessoas.
Os números caíram nos três dias seguintes, com o registro no domingo (2) de 876.385 doses aplicadas na média de sete dias.
Ministério recomendou não guardar doses
Os problemas nos estoques acontecem após o Ministério da Saúde recomendar que as vacinas guardadas para a 2ª dose fossem usadas na 1ª aplicação.
Atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga responsabilizou seu antecessor, o general Eduardo Pazuello, pelas interrupções. "[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado”, declarou Queiroga.
A liberação feita por Pazuello ocorreu em duas oportunidades, em fevereiro e março. O Ministério da Saúde já voltou atrás na recomendação e determina que as cidades guardem os imunizantes para a 2ª dose.
A CPI da Covid investigará o motivo da falta de doses nas capitais, segundo o Blog do Camarotti. O ex-ministro Pazuello será questionado porque não houve uma previsão confiável para a distribuição dessas doses.
O governo orienta que se aplique a dose complementar mesmo após o prazo. Em nota técnica, afirma ser “improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal".
Na semana passada, municípios de pelo menos 18 estados apresentaram problemas com estoque da CoronaVac e paralisaram a vacinação.