A mera presença da internet modificou a forma como o entretenimento é consumido. Claro que a internet por si só é, também, um meio de entretenimento, mas a web foi responsável por modificar as regras do jogo de maneira profunda.
O que por anos e anos foi quase que um monopólio da televisão (com participação pontual, em escala menor, do rádio) hoje se subdivide entre eles e passou a ter presença online fortíssima. Não para menos: a internet permitiu assistir aos esportes (via streaming de vídeo, como na TV), ouvi-los (streaming de áudio, como no rádio) e comentá-los um tempo – sem precedentes.
Dentro dessa lógica, a própria forma como as emissoras tradicionais (e outras mais novas) encaram o futebol e os outros esportes teve que mudar. O esporte em si, aliás, também teve que aceitar determinadas mudanças, que em geral aproximaram o torcedor do atleta, o fã-consumidor do clube-marca e assim por diante.
Em se tratando de transmissão puramente, o que a internet colocou à mesa foram novas cartas no que diz respeito a direitos de imagem, cotas de transmissão e outros pontos sensíveis que, para bem ou para mal, modificaram os negócios e, como consequência, abriram um novo leque de possibilidades para quem exibe tanto quanto para quem assiste.
Lógica da internet mudando as regras do jogo
O ponto principal que deve ser analisado, é que a internet democratizou o acesso ao conteúdo e isso aconteceu primeira de maneira orgânica e informal antes de ser absorvida (ainda que não completamente) pelos veículos tradicionais.
Em termos de futebol, a transmissão dos grandes eventos quase sempre esteve nas mãos da Globo, com emissoras como Band, SBT (que adquiriu os direitos de transmissão da Libertadores neste ano) e RedeTV brigando pelas migalhas. Isso passou a se modificar quando a TV a cabo apareceu e trouxe canais especializados, mas a mudança profunda mesmo se deu com a internet.
O streaming, acima de tudo, espalhou o acesso para quem não tinha e quebrou as regras rígidas que a TV aberta havia imposto. Com uma nova lógica surgindo, só havia duas opções: lutar contra ela ou se adaptar a ela. A maioria, sabiamente, escolheu a segunda opção.
Quem está transmitindo online
Assim como ainda é possível assistir aos jogos pelos canais abertos que todos conhecem e os canais da TV por assinatura (muitos deles “filhos” da TV aberta e geridos por conglomerados de mídia de lá), os espectadores viram surgir opções novas, e muitas inesperadas.
Uma dela, e que está crescendo rápido, são os streamings via site de apostas e cassinos online. As empresas tem sistemas próprios de streaming, cujo objetivo é permitir aos seus clientes acompanharem os eventos nos quais estão apostando – muitas vezes em tempo real.
Algo muito interessante que acontece de forma paralela nessas plataformas é a possibilidade de jogar ao vivo com pessoas do mundo inteiro e crupiês reais. O cassino Betmotion, por exemplo, possibilita essa experiência também graças ao streaming.
O streaming, aliás, se subdividiu em diversos canais, cada um independente do outro, e atraindo torcedores e interessados de diversas direções. Para tentar escapar de monopólios, equipes e até mesmo federações investiram em canais do YouTube com conteúdo próprio, narrados por locutores-torcedores e, assim, criando uma experiência diferente de tudo que havia até então.
Pela TV, pelo PC e pelo celular
“Quem” e “onde” se tornaram perguntas muito mais importantes em termos de transmissão esportiva agora. As TVs tradicionais ainda têm muita influência, mas foi-se o tempo de ter que acionar o aparelho de televisão para poder acompanhar as partidas.
Todos os veículos de mídia/entretenimento que citamos, por estarem na internet, virtualmente aparecem em todos os meios que a web se espalhou. Por terem nascido numa era mais madura da internet, esses novos modelos de mídia não tiveram que se submeter ao formato antigo de computador fixo (desktop).
O primeiro ponto alternativo, e hoje talvez um dos mais importantes na lógica de consumo é o celular. Os dados do IBGE dos últimos anos indicam um crescimento consistente do acesso à internet via mobile, e os smartphones por si só já representam o principal método de conexão, muito acima dos computadores.
A tecnologia também permitiu desenvolver SmarTVs, ou seja, televisores com acesso à internet, e a popularidade da transmissão esportiva por lá também só faz crescer. Assim como aconteceu com os celulares, aplicativos dedicados fazem a diferença em termos de qualidade e, por isso mesmo, o método está ganhando força.