No início do mês, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva não deixou passar a emblemática frase do ministro do Meio Ambiente Ricardo Sales, que declarou em maio de 2020 durante uma reunião ministerial, que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada para a pandemia e “passar com a boiada” no Ministério do Meio Ambiente.
Porém, está semana Alexandre Saraiva aproveitou quase um ano após a declaração para dizer a Sales que, “na Polícia Federal não vai passar boiada”.
Com a resposta está um pedido de investigação contra o ministro Ricardo Sales. O chefe da PF no Amazonas enviou documentos pedindo que o Superior Tribunal Federal (STF) investigue supostos crimes ambientais praticados com a conivência direta de Ricardo Sales.
O foco da investigação é a operação Handroanthus desencadeada pela PF/AM e que apreendeu o montante de 200 mil cúbicos de madeira. Alexandre Saraiva também oferecer investigação contra o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) Eduardo Bin, e o senador Telmário Mota (PROS-PR).
Alexandre Saraiva
Para a Polícia Federal não restam dúvidas de que Ricardo Sales atuou para praticar crimes contra o bem público entre eles, dificultando a ação fiscalizadora do poder público no meio ambiente, exercendo a advocacia administrativa, e como integrante de organização criminosa.
Sales e criticado por ambientalistas por aumentar a tensão na região Norte do Brasil e ser um facilitador do desmatamento e ações ilegais na floresta Amazônia.