O flagrante aconteceu na noite desta quarta-feira quando nossa equipe de plantão passava pela Avenida Pinheiro Machado e se deparou com o uma camionete da Câmara Municipal de São Francisco do Guaporé, estacionada em frente a um conhecido bar e restaurante especializado em caldos, localizado na esquina da Pinheiro Machado com Getúlio Vargas.
Para a surpresa de nossa equipe, que além de encontrar um carro público estacionado em frente ao bar as 21h10s encontramos também “uma comitiva de vereadores” sentados na mesa, consumindo bebida alcoólica e acompanhados da ex-prefeita Gislaine Clemente, que até o dia 18 de dezembro passado só podia sair de sua residência unicamente para acompanhamento do menor L.C.S. em consultas e realização de exames, inclusive consultas psicológicas (sessões de terapia), e ainda comprovar com apresentação de atestados médico.
Lebrinha, como é conhecida a ex prefeita, também não podia se ausentar da comarca de São Francisco do Guaporé sem autorização judicial, e muito menos frequentar a noite depois das 18 horas. Entretanto, por decisão judicial, ela também está livre da prisão domiciliar que lhe fora imposta ao ser liberada da cadeia, onde estava presa desde o dia 25 de setembro após ser flagrada, juntamente com outros prefeitos e entes públicos, recebendo dinheiro de propina de um empresário de Vilhena, que resultou na deflagração da Operação Reciclagem, investigada pela Policia Federal.
O Deputado Estadual Jose Lebrão, pai de Lebrinha, também foi pego na mesma operação, no entanto, por sua “Imunidade Parlamentar” ele não foi preso, mas responde por alguns pedidos de cassação no conselho de ética da ALE.
Não se sabe ao certo, o porquê da “reunião de Lebrinha com os vereadores”, e nem o porquê dos mesmos estarem no carro da câmara de vereadores, que certamente estão com as despesas de sua viagem para a capital, sendo pagas pelos contribuinte de municipal. O certo mesmo é que pelo horário e pela forma como esse veículo estava sendo usado, toda essa comitiva está cometendo crime de improbidade administrativa e aos vereadores, se condenados, podem ter seus mandatos cassados e ficarem inelegíveis por até 10 anos.