Ontem realmente a ficha caiu sobre, o quanto a Lei Aldir Blanc está sendo muito importante, para a comunidade artística.
Fui até o Estúdio Trilha do nosso amigo Marcelo com o objetivo de apresentar ao Maestro, um músico cantor e compositor para o qual fui indicado pelo radialista e advogado Arimar Souza de Sá o Padre Simão Pedro dos Santos nordestino do Rio Grande do Norte, recém-chegado a Porto Velho onde veio cobrir as férias do pároco da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré.
Acontece que Simão há muitos anos, quando ainda tinha 20 anos de idade (hoje está com 50), morou no Distrito de Calama e pelo visto, passou a amar de verdade as belezas do nosso Rio Madeira, na época chegou a produzir show do cantor Laio (que é de Calma) na cidade dos Botos.
Nos procurou para apresentou uma música, cuja letra canta justamente as belezas das barrancas do Rio Madeira e essa música, foi o motivo da nossa visita ao Estúdio do Marcelo na tarde de ontem.
Depois das apresentações de praxe, os dois passaram a trocar ideia de Padre (Simão Santos) e Pastor (Marcelo), já pensou!
Entre uma conversa e outra o Pastor Marcelo mostrou músicas do CD do Silvinho com Toadas de Boi Bumbá que está em fase final de produção.
Foi quando chegou o Samuel da Banda Kilomblocada e eu fiz questão que o Marcelo mostrasse ao nosso Padre Simão, o trabalho dos Beras mais Beras de Porto Velho, o que o encantou. Fora isso, eu já estava mostrando meu trabalho que já está no Spotify, sem esquecer, que o João Luiz Kerds aproveitou para gravar algumas passagens minha, cantando músicas que farão parte dos clipes que está produzindo com três das minhas músicas.
É aqui que volto ao tema central dessa Lenha, o Auxilio Emergencial aos produtores culturais, conhecido como Lei Aldir Blanc. Naquele pequeno espaço do Estúdio Trilha, vários artistas estavam produzindo importantes trabalhos em suas carreiras.
Por um momento saí do ar sem sair do lugar, imaginando se Eu, a Banda Kilombloclada. Silvinho, Dinho Malcriado e tantos outros artistas, teriam condições de estarem festejando, a gravação de suas produções musicais, se não fosse o Auxilio oriundo da Lei Aldir Blanc.
Por isso, precisamos abraçar a causa dos artistas que estão lutando para que o governo federal autorize aos governos estaduais, o uso dos recursos que não foram investidos nos primeiros Editais em abertura de novos Editais de Chamamento Público para a habilitar mais Projetos dos nossos artistas.
A Lei Aldir Blanc é muito importante para nossa categoria. Categoria que foi a primeira a ser impedida de trabalhar e com certeza, será a última a ganhar o direito de voltar a trabalhar para garanti o sustento de suas famílias.
Ia esquecendo que o Padre Simão morou por muitos anos (mais de Dez) no Paraguaia onde é ídolo como artista cantor e compositor, inclusive com muito sucesso na Televisão Paraguaia e, apesar de ser Nordestino do Brasil e Beradeiro de Porto Velho, por ter vivido muito tempo em países castelhanos, fala com sotaque espanhol o que dar aquele charme quando profere a OMILIA. Quer conhecer, vai à missa das 8 horas de domingo, na Igreja Nossa Senhora de Nazaré a rua Pau Ferro no bairro Eldorado.
Ou então procura pelo Padre Simão Santos no canal do youtube e você vai conhecer o maravilhoso trabalho musical em terras paraguaias e uruguaias.
Opa! Em breve você vai assistir o vídeo clip que o João Kerdes está produzindo com minhas músicas: Porto, Velho Porto; Balanço do Trem e Lamento da Amazônia.
Graças a Lei Aldir Blanc.
Festival AFROMUSIC #2 celebra a música preta com programação online
Repetindo a dose de autenticidade e frescor do ineditismo, neste ano o Festival AFROMUSIC realiza sua segunda edição com shows de artistas e bandas pretas que estão alavancando a nova cena independente, além de uma série de entrevistas que irão refletir sobre temas ligados à música e sociedade. Totalmente gravada no Teatro de Contêiner, no centro de São Paulo, as atrações vão ao ar nos dias 09, 10 e 11 de abril, sempre a partir das 19h, no canal do YouTube Universo Afromusic.
Viajando pelos ritmos tradicionais, contemporâneos e futuristas, Jup do Bairro, Gê de Lima, Izzy Gordon, Renato Gama, Biel Lima e Fabriccio são alguns dos convidados que destacaram repertório autoral em suas próprias linguagens. O grupo Mental Abstrato, por sua vez, realiza um feat inédito com a rapper baiana Mana Bella, que nesta versão funde suas rimas aos beats e células rítmicas consagradas do jazz atual. Já a Banda Nova Malandragem, que celebra o samba-rock clássico em composições instrumentais, convida o ilustre e experiente trompetista Walmir Gil.
Fechando a agenda, Ballet Afro Koteban faz um resgate ancestral com o espetáculo que mescla som e dança a partir de uma pesquisa aprofundada da cultura Malinkê, do oeste da África. E, no ano em que o carnaval foi cancelado em todo o país, em virtude da pandemia de Covid-19, o Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã, acostumado às ruas de São Paulo, oferece ao público seu novo "MacumBrass".
Emparelhado aos shows, compõem a programação 10 pílulas de conteúdo sobre a construção do DNA musical afro-brasileiro. Nomes como o do multiartista Salloma Salomão, da pesquisadora Danielle Almeida, dos cantores e compositores Marina Afares e Aloysio Letra estão confirmados. A Deputada Erica Malunguinho abre o Festival discorrendo sobre o tema que orientou a construção desta edição: "Música tem Cor".
"Estamos no país mais preto fora da África e é fato que a população preta e originária do Brasil inscreveu expressões vitais em nossa identidade até os dias atuais", reflete Hever Alvz, idealizador e curador do festival. "O AFROMUSIC #2 é um convite para conhecer um universo que enaltece a música preta brasileira e mostra com quantos tons é feito um encontro que fortalece a herança e a imensa criatividade do povo preto", complementa.
Totalmente online e gratuita, essa é uma iniciativa para romper com as fronteiras da cidade e brindar o público com a arte que, mais do que nunca, tem sido um alento frente ao conturbado contexto de isolamento social.
Assinando o registro e a montagem audiovisual, Joyce Prado, da Oxalá Filmes. A apresentação é da jornalista Nayara de Deus. A realização fica a cargo do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Do começo ao fim, o Festival AFROMUSIC #2 é uma expressão fundamental a favor da vida e da cultura da população afro-brasileira.
SOBRE O FESTIVAL AFROMUSIC:
Criado em 2017, amplificou o protagonismo preto no cenário musical em São Paulo, sendo um dos primeiros festivais da cena paulistana pensando uma programação exclusivamente formada por artistas, bandas e coletivos pretos da música independente. Na época, entres os destaques estiveram a recém chegada às terras paulistanas Luedji Luna, os artistas Anna Tréa, Senzala Hi-Tech, Ilu Inã e outros.
TRANSMISSÃO:
Pelo canal Universo Afromusic – online e gratuito www.youtube.com/universoafromusic
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL AFROMUSIC #2
1º DIA:
09 de abril, sexta-feira. A partir das 19h00.
19h Pílulas de entrevista: "Música Tem Cor", com Erica Malunguinho
Show: Izzy Gordon
20h Pílulas de entrevista: "Música Preta Experimental", com Felinto
Show: Biel Lima
21h Show: Jup do Bairro – Pílulas de entrevista: "Pretas Mulheres na Composição", com Marina Afares
2º DIA
10 de abril, sábado. A partir das 19h00.
19h Pílulas de entrevista: "Música Afrofuturista", com Melifona
Show: Fabriccio
20h Pílulas de entrevista: "América Diaspo-Sonora", com Danielle Almeida
Show: Renato Gama
21h Entrevista: "O Rap é mais que compromisso", com Daniela Vieira
Show: Mental Abstrato feat. Mana Bella
22h Show: Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã apresenta "MacumBrass"
Entrevista: "Carnaval e organização social preta", com Fernando Alabê
3º DIA
11 de abril, domingo. A partir das 19h00.
19h00 Entrevista: "Tudo é samba", com Amailton Azevedo
Show: Ballet Afro Koteban
20h00 Entrevista: "Canto ancestral", com Aloysio Letra
Show: Gê de Lima
21h00 Show: Banda Nova Malandragem convida Walmir Gil
Entrevista: "Sons de Kemet", com Salloma Salomão
MÍDIAS OFICIAIS:
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