Sem a obrigação do ritual religioso determinado através de decreto do governo do estado, o portovelhense está aproveitando o feriado de sexta-feira santa, se aglomerando nos espaços públicos da capital, Skate Parque e Espaço Alternativo, que durante a pandemia, tornaram-se os símbolos das desobediências, já que a fiscalização, quando acontece, só chega nesses locais depois das 22 horas.
Os flagrantes de aglomerações foram feitos no início da noite, e como as imagens mostram, centenas de pessoas transitam normalmente, uma ao lado da outra, e em muitos dos casos, em grupos de mais de 10 pessoas, todos sem máscara como se não tivéssemos nenhum perigo no ar. Também não vimos nenhuma viatura policial ou qualquer outro órgão de fiscalização.
Não existe, ao longo desses espaços, nenhuma campanha visual de conscientização da população como foram prometidos e acordados em três audiências na vara de fazenda pública quando o governo do estado e empresários foram ouvidos e defenderam o não fechamento do comercio por conta da pandemia.
O mês de março foi o mais letal desde o início da pandemia a um ano atrás, com 1.273 mortes e quase 40 mil novos infectados, e só em Porto Velho, 548 pessoas perderam a vida e 11.101 pessoas foram infectados pelo novo coronavírus de 01 a 31 de março.
O mês de abril segue no mesmo ritmo de letalidade, e nos dois primeiros dias já contabiliza 90 óbitos em Rondônia, com 28 deles na capital Porto Velho.
Sem o ritual tradicional, o Círio Pascal será aceso seguindo-se a proclamação da Páscoa. O Domingo de Páscoa será celebrado conforme as orientações para as Missas dominicais. Quanto ao Sacramento da Penitência, não se poderá realizar o chamado “mutirão de confissões”. Os párocos deverão estabelecer e comunicar aos fiéis de sua paróquia dias e horários para atendê-los, observando-se o devido distanciamento social e o uso de máscara.