Para o juiz Edenir Sebastião A. Rosa, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, a Ação Civil Pública (ACP), do Ministério Público Estadual, que pedia um endurecimento nas ações por parte do governo do estado e da prefeitura de Porto Velho, não foi nesse atual momento de crise severa por conta da pandemia do novo coronavírus, que foram atendidas.
Após mais de 6 horas de reunião virtual, a justiça entendeu que estaria na [ampliação da publicidade], uma possível solução para a pandemia da Covid-19 em Rondônia. Para a justiça as propagandas desenvolvidas pelas instituições, no que tange o uso de máscaras e o distanciamento social, não são suficientes para criar na população um respeito significativo. Além disso, ficou estabelecida a continuação do decreto estadual que mantém o comércio fechado aos finais de semana com a proibição da venda de bebidas alcoólicas.
Decepcionada com o resultado da audiência, a promotora de justiça, Emilia Oiye, declarou, que esperava que o estado e o município de Porto Velho trouxessem medidas práticas para o enfretamento da pandemia.
“O Ministério Público entende que precisamos de mais ações. Esse marketing se surgir efeito, não será de uma ora para outra, e não trará a consciência que nós acreditamos que terá das pessoas”.
A promotora aproveitou para chamar novamente a atenção das autoridades quanto ao cenário crônico da pandemia em Rondônia. “A questão é saber que estamos no meio de uma guerra, no pico da guerra e que as pessoas estão morrendo. Hoje temos 122 pessoas na fila de UTI”, esclareceu Oiye do MP.
A jornalista Lilia Grandez, ceo em marketing digital fez uma breve analise do que ocorre em Rondônia e o que significou a audiência em que o foco tornou trágico de uma doença recaiu sobre a publicidade. “Ao meu entender as instituições buscam responsabilizar suas “ausências” no cenário dessa pandemia no jornalismo e na publicidade. Estou certa de que graças a esse jornalismo, o Brasil e o mundo são cientes das mazelas na saúde pública local no que tangem ao compromisso de cada instituição. É fácil apontar o que se deve fazer quando temos a segurança das nossas salas, escritórios, de dentro dos nossos apartamentos. Rondônia perdeu o rumo da pandemia e mesmo diante da morte, não sabe se defende a população ou se os empresários”, declara.
O Estado segue uma medida quase que diária de 54 mortes, ultrapassando os mil casos de contaminados. Só na terça-feira (23), data da 3ª audiência pública foram contabilizados 1.526 registros, correspondendo um total de 18.673 casos ativos da doença.