O falecimento do ilustre Anísio Gorayeb, vitimado de Covid-19, provoca uma cratera cultural em Rondônia. Assim como acontece quando o mundo perde mulheres e homens que marcam positiva e profundamente a sociedade, estamos diante dessa ruptura que além de enlutar a família, atinge imensuravelmente a história, a cultura, a arte, o jornalismo – a memória do Norte do país.
Neste abismo provocado pela ausência dele, não há mais o sorriso de quem sabia contar história da História, o mestre que era mais que professor, a humildade de um verdadeiro sábio, o carisma de quem possuía tanto conhecimento e não se negava em repartir a quem estivesse ao redor. Homens e mulheres assim são raros; por isso, quando se vão, deixam uma imensa lacuna.
Ah! Se desde o ano passado, quando tudo começou, a luta contra o vírus fosse científica, responsável, legal, intensa e acessível aos mais de duzentos milhões de brasileiros… Se tivesse sido diferente a postura de quem é eleito para cuidar das pessoas – pois sem gente não há família, sociedade, nação, pátria, cultura, religião, política, economia, trabalho, emprego, escola… Porém, infelizmente o país e Rondônia chegam neste março muito mais enlutados e pobres porque perdemos a cada dia a riqueza de seus filhos e filhas que partem nas tantas mortes de cada dia.