A palavra convence, o exemplo arrasta, mas quando o assunto é dinheiro, ninguém quer mexer no próprio bolso. Em Rondônia, nesta semana se deparamos com o deputado Anderson Pereira (PROS), indicando ao governo de Rondônia, um Projeto de Lei, que retirasse 20% dos vencimentos de todos os gestores públicos.
Esses gestores são, deputados, promotores, juízes, desembargadores, secretários de estado e governador. Tal medida, seria um investimento para somar esforços no combate à pandemia, o famoso ditado, "cortar na própria carne".
Meus amigos, nós estamos em Rondônia, e "acreditando muito bem", em cada cidadão que ocupa cargos públicos, seja, por eleição ou por concurso, seria muita bondade, se todos utilizassem a canetinha doando livremente os 20%. Particularmente, eu acredito que apenas os deputados comprariam essa idéia.
Apenas quem sai ganhando de bom samaritano nesta situação são os políticos que são eleitos e os que ocupam cargos de comissão. Já os funcionários públicos, tenho não só um, mas os dois pés atrás. E diga-se de passagem: bem lá atrás, para dar o exemplo.
Lá na cidade de Criciúma (SC), o prefeito, Clésio Salvaro (PSDB), adotou uma medida que polemizou profundamente e deixou servidores públicos irritados, adotando um decreto que cria uma espécie de Lockdown Voluntário.
Clésio afirmou que todos os dias, servidores ficavam perguntando se haveria lockdown ou não. De tanto insistirem, o prefeito afirmou que atenderia aos pedidos e adotaria a medida, mas com condições, sem a remuneração.
Foi só Clésio afirmar isto em rede social, que rapidinho apareceram os sindicalistas para "defender seu povo", explicando que apenas questionavam o prefeito, nas cobranças de equipamento de proteção individual adequado, [como] álcool em gel, máscaras, luvas, entre outros.
Você acredita que os agentes públicos farão um corte na própria carne, em bondade ao próximo, ou será que vão engavetar, da mesma forma que fizeram com o Projeto Lei do deputado Eyder Brasil (PSL), que extinguia de vez o auxílio moradia?