A gestão Bolsonaro tem dois ministros da Saúde. Mas o país sabe que só deve confiar em ambos até certo ponto, o ponto de interrogação! A política sanitária não é do ministro A ou B. Prevalece o anti-cientificismo do presidente da República.
Rondônia já vinha sendo deixado de lado pelo “amigo General Eduardo Pazuello e pelo parceiro Bolsonaro” e como vai ficar tudo como está, já que Marcelo Queiroga virou uma mudança sem nexo ao dançar o balé da preservação, com Pazuello esclarecendo que a transição é de "continuidade", pois o sucessor reza a mesma cartilha, Rondônia vai ficar recebendo vacinas a conta gotas, migalhas… vamos continuar vendo amigos, parentes e anônimos morrendo esperando um leito de UTI e agora também com o risco iminente de falta de oxigênio.
Resta saber, se o futuro ministro também será “um grande amigo” de Rondônia como Pazuello vem sendo desde sua efetivação no cargo em abril de 2020. Se ele acenar com uma amizade virtual, como a do futuro ex ministro, estaremos literalmente no sal…
Nós rondonienses e rondonianos, submetidos ao horror das UTIs lotadas, ficamos confusos ao ouvir Pazuello, o ministro que sai, ditando normas de comportamento que Bolsonaro sempre desprezou. “Vamos mudar hábitos. Hábito de usar máscara, de lavar as mãos. Hábito de manter o grau de afastamento social…"
Queiroga, provavelmente nunca ouviu falar em Rondônia, e não se espantem se em algum momento, depois de sua posse que vai acontecer, se realmente acontecer sabe-se lá quando, for questionado sobre o caos em Rondônia, falar que nossa capital é Boa vista. Queiroga já entra dizendo “estar acorrentado às diretrizes de um presidente em guerra com governadores, declara que é essencial "uma união nacional para o enfrentamento à pandemia."
Como na atualidade, “a esperança é a última que mata” este colunista precisou pedir um auxilio (não emergencial) para juntar meu queixo que tinha ido ao solo ao escutar Queiroga dizer que ninguém deve ficar "esperando que o governo resolva tudo", pois "é preciso uma corrente nacional para que consigamos êxito nesse grande desafio."…
Rondônia deve tentar arrumar solução para nossa grave crise sanitária deixando o planalto e o Ministério da Saúde como plano B, pois com o atual amigo e com o futuro amigo, parece que não vai rolar nada não.
Pazuello, ao lado de Queiroga na Fiocruz, e com um halo de glória em sua volta, disse que as medidas preventivas devem ser suficientes para "evitar um grande número de mortos e continuar a vida na maior normalidade possível". Pazuello entoou algo parecido com uma exortação: "Vamos trabalhar, estudar, ensinar, treinar tropas, produzir, viver normalmente com cuidados preventivos. Essa é a nossa missão." Os mais de 280 mil brasileiros mortos pela covid não terão como executar a missão do general que foi demitido por Bolsonaro, talvez por excesso de competência.