Em março de 2020 escrevi "Aprendendo com o Luto Mundial". A partir da primeira morte causada pela pandemia, um ano depois são milhões de vidas ceifadas em todos os lugares do planeta, incluindo milhares de brasileiros e brasileiras. Se considerarmos uma família com quatro ou cinco membros, e uma pessoa se relacionando diariamente com outras dez, o luto atinge milhões de pessoas.
Naquele texto, disse que o problema da negação diante do luto se agrava quando pessoas responsáveis por pessoas minimizam o perigo imediato e o luto do outro. Indesejavelmente, assim aconteceu. Vimos autoridades constituídas pelo povo desprezando a vida desse mesmo povo. Vimos líderes religiosos que deveriam defender o bem-estar humano ora rejeitando medidas sanitárias em seus templos, ora faturando um dinheiro extra na venda de amuletos contra o vírus – enquanto centenas de profissionais da "linha de frente" adoecem e morrem no desgoverno da crise.
Doze meses depois, acredito que poucos ainda se atrevam a dar uma "nacionalidade" para o vírus, como fizeram antes; embora alguns absurdamente rejeitem certas vacinas, alegando que elas possuem gotas ideológicas. Por falar em vacinas, vacine-se! Incentive quem você ama e todos ao seu redor a tomarem essa única opção de segurança capaz de combater as mortes, desocupar as UTI's, recuperar a economia, garantir o emprego e ampliar a chance de continuarmos trabalhando na construção de nosso país, para nós e para as gerações que virão.
Nesse período, pessoas achegadas faleceram. Positivei e sinto sequelas do vírus. Talvez o mesmo tenha acontecido com você. E o sofrimento mundial jamais pode ser calculado por números e estatísticas, e nem deveria ser usado para fins eleitoreiros. Mas, neste ano que antecede as eleições presidenciais, ainda há os que insistem em filiar o corona a este ou aquele partido e já estão levando a pandemia ao palanque em busca de votos, enquanto o povo – eu e você – desejamos apenas trabalhar, estudar, praticar lazer e religião, convivendo na sociedade com a segurança da saúde oferecida pelo Estado a cada família.
Se estivermos vivos, daqui a um ano voltaremos a esse tema. Enquanto isso, o ideal é que cada brasileiro e brasileira ore, reze, lute, estude, entenda os interesses políticos, cuide bem de si mesmo e da família, use máscara constantemente, respeite todas as determinações sanitárias e comece a analisar bem em quem vai votar em 2022 – para que 2021 seja o ano do meio quando os duzentos e vinte milhões que aqui vivem começam a vencer o vírus e a pandemia política que assolam nossa pátria amada.