O mês de março iniciou com novos conciliadores formados através de uma parceria entre o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos (Nupemec) e Sebrae em Rondônia. A turma composta de colaboradores do Sebrae, Procon e atendentes das Salas do Empreendedor finalizou o curso e agora está pronta para colocar em prática o aprendizado.
O curso, que iniciou em setembro de 2020, contou com uma vasta programação em que todas as etapas, atividades e conteúdos foram disponibilizados através da plataforma EAD da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia. Além disso, foram realizados encontros periódicos para discutir os conteúdos e realizar atividades práticas em grupos. No total foram oito etapas, sendo cinco de aulas teóricas e práticas e três de estágios, e na última os alunos já atuavam como conciliadores, colocando todo o estudo em prática.
A carga horária foi dividida entre os professores Dr. Johnny Gustavo Clemes, Dra. Mariangela Aloise Onofre e Dra. Vitória Martins Lima Alexandre, que apresentaram os conteúdos e supervisionaram os estágios com excelência, acompanhando-os, tirando dúvidas e orientando melhorias na atuação das conciliações.
Para o Dr. Johnny Clemes, o "Nupemec do TJ-RO entende que exemplos como o do Sebrae em buscar capacitar seus colaboradores para atuarem junto à sociedade na aplicação de métodos adequados de solução de conflitos são importantes para evoluir a sociedade para um patamar de maior cidadania, pois as pessoas terão menos dependência do estado e consequentemente maior autonomia para gerir suas vidas".
A iniciativa de proporcionar o curso para os setores que atendem à classe empresarial foi da analista do Sebrae em Rondônia, Silaine Guedes, gerente da Unidade de Articulação Institucional, que está sempre em busca de oportunizar capacitações e qualificações para aqueles que ajudam no desenvolvimento do estado, como é o caso dos atendentes das Salas do Empreendedor e Agentes de Desenvolvimento de diversos municípios.
"Essa parceria do Sebrae com o NUPEMEC/TJ-RO foi pensando em facilitar o acesso à justiça para o empresário neste momento de pandemia e no pós-pandemia. Sabemos das dificuldades em honrar compromissos com aluguéis e fornecedores, o que pode se tornar uma bola de neve e levar à falência. Por meio da conciliação, eles poderão renegociar contratos e pendências financeiras sem precisar entrar com processo na justiça comum, evitando assim o gasto com despesas judiciais e de forma mais célere", afirma a gerente.
Os alunos tiveram o encontro final na última segunda-feira, 1 de fevereiro, quando falaram um pouco da experiência que foi fazer parte dessa turma, além de agradecer aos professores e a todos os envolvidos. Para Simone da Costa, Agente de Desenvolvimento de Chupinguaia, "a experiência é única, e cada audiência, seja de 10, 30 minutos ou mais de 1 hora de duração, tem a sua peculiaridade. Cada pessoa ali envolvida tem seus objetivos, sejam eles pecuniários ou de muito sentimento envolvido. As audiências de família foram as melhores e pude ver o quanto é árdua a missão, mas é gratificante saber que podemos fazer algo por alguém".
