SOLIDARIEDADE: Com o crescente número de casos de violência doméstica registrados na Central de Flagrantes, surgiu a necessidade de haver um local para que a vítima não permanecer no mesmo espaço que o seu agressor enquanto aguardasse a finalização da ocorrência, o que muita das vezes gerava um desconforto e constrangimento, comentou a idealizadora do projeto a diretora da Central de Flagrante na capital, Rosilei de Lima.
Com sofás, ambiente climatizado, banheiro, televisão e até espaço infantil com brinquedos, a sala de atendimento humanizado atende diariamente vítimas de violência domésticas que chegam a Central de Flagrantes em Porto Velho, o projeto conta com a participação da ONG, Associação Filhas Do Boto Nunca Mais, que disponibiliza Psicólogas, Assistentes Sociais e Advogadas, que são membras da associação e prestam atendimento totalmente voluntário.
"Entendemos a necessidade que a vítima tem de ter um atendimento mais humanizado, diante da situação traumática. Existem mulheres, mães, crianças e idosos que não denunciam por medo e vergonha. O medo de chegar na central e ficar cara a cara com o agressor, até então ambos ficavam no mesmo local. Essa sala, além de oferecer essa segurança e alívio, de não precisar está junto, ainda terá uma equipe da área de psicologia e serviço social para acolher, ouvir a vítima, oferecer suporte e encaminhar para os serviços da rede", afirmou Rosilei de Lima.
A parceria com a ONG tem oferecido as vítimas um acolhimento totalmente humanitário, as voluntárias do projeto que disponibilizam os atendimentos estão totalmente compromissadas com a causa o que nos desperta esperança de dias melhores, principalmente neste período de pandemia a qual o número de voluntários e estagiários caiu relativamente.
A ONG Filhas do Boto Nunca Mais surgiu em 2017, quando um grupo de mulheres entendeu que muitos casos de abusos intrafamiliares em Rondônia eram naturalizados e as vítimas, mulheres e crianças, eram silenciadas pela própria família, pois tinham medo de denunciar o agressor, a ONG realiza várias ações e projetos voltados à família, com rodas de conversas sobre vários temas, incluindo autoconhecimento, construção do ser feminino em aspectos sociais e individuais, sexualidade feminina e relações étnicas raciais na sociedade.
Se você for vítima ou presenciar quaisquer tipo de violência, denuncie!
A luta é de todos nós.