Até que momento um corpo pode ser classificado como saudável quando o inimigo é o coronavirus (SarS-CoV-2). Porém, o que um vírus que arrasa o mundo e que já matou no Brasil 258.498 pessoas, ainda tem a nos revelar. Muitas perguntas seguem sem respostas, justamente pelo efeito de um vírus que muda a sua maneira de atacar de organismo para organismo.
Nessa que tem sido uma sobrevivência de cão, o vírus evolui e tem se tornado potente dado ao seu contagio, letal quando o desrespeito a doença pela sociedade não tem limites. Com quase 2 milhões de habitantes, Rondônia, na Região Norte contabiliza, até essa sexta-feira (26), 2.801 mortes, (1,9%) da taxa de letalidade brasileira. Mas um dado relativamente preocupante chama a atenção.
Das mortes pelo coronavírus no Estado, 1.250 são de pessoas que perderam a vida para a Covid-19 (sem qualquer comorbidade), ou seja, elas não tinham problemas de saúde. As respostas para isso ainda são desconhecidas, mas pesquisas cientificas investigam a razão dessas pessoas fora do grupo de risco também serem afetadas pelo vírus.
Informações do e-SUS, relacionadas a 1 de abril de 2020 a 24 de fevereiro deste ano dão conta que 44,85% das mortes em Rondônia que supostamente foram por Covid-19, eram de pessoas que se diziam saudáveis. Já 55% dos óbitos, equivalente a 1.537 eram de pessoas que apresentavam problemas de saúde. Caio Nemeth, estrategista de dados da Casa Civil do governo de Rondônia, destaca o cenário como delicado, e diz que “a situação seria o preço pago pela desobediência do decreto criado pelo governo do estadual”.
E a crise que já estava em Rondônia por conta da falta de leitos de UTI para a Covid-19 se alastra pelo Brasil. A taxa de ocupação de leitos é alta. Estados suspenderam o recebimento de pacientes. Em Rondônia até essa sexta-feira (26), 55 pessoas aguardavam na fila a espera de um Leito de UTI. O secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo volta alertar a população para que se conscientizem.