Hoje as mulheres têm total participação na vida política do nosso país, mas você consegue imaginar que até 89 anos atrás não tínhamos direito nenhum? Sim, as mulheres eram proibidas de votar.
Em 1919 o senador Justo Chermont foi o primeiro parlamentar a apresentar o projeto de lei sobre o voto feminino, Bertha Lutz através da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino realizou um baixo assinado que recolheu mais de duas mil assinaturas porém o projeto ficou esquecido durante anos na gaveta dos parlamentares.
A luta cresceu e tomou força por que as mulheres passaram acreditar que as desigualdades econômicas, legais e educacionais só seriam corrigidas quando oa homens tivessem que prestar conta com o eleitorado feminino.
Em 24 de fevereiro de 1932 o voto feminino passou a ser assegurado através do Código Eleitoral, porém o direito foi concedido com restrições, imagina? Só poderia votar apenas mulheres casadas com autorização dos maridos, e viúvas com renda própria.
Essas limitações foram retiradas apenas em 1939 quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.
Mesmo com a restrição Carlota Pereira de Queirós se tornou a primeira deputada federal eleita no país representando São Paulo, Luíza Alzira Soriano passou a ser a primeira prefeita eleita no Brasil e em toda América Latina, nossa querida Bertha Lutz assumiu como suplente e tomou posse em 28 de junho de 1936 na Câmara dos deputados.
Não poderia deixar de citar essas grandes mulheres que foram pioneiras da luta feminina, pois devemos a elas e todas as outras que lutaram por nossos direitos na vida pública.
Ainda não somos maioria ocupando espaços públicos, mas chegar ser enriquecedor ver mulheres obtendo direito ao que lhe era negado e ocupando espaços que antes lhe foram negados.
Por isso mulheres, tenham voz ativa e sejam participantes da construção e da evolução da política no nosso país.