O presidente Jair Bolsonaro esteve hoje no Acre e sobrevoou municípios alagados, após o transbordamento dos rios na região. No estado já são 110 mil pessoas atingidas.
A visita de Jair Bolsonaro ao Acre começou por Semana Madureira. Acompanhado do governador, Gladson Cameli (PP) eles sobrevoaram a cidade que praticamente está ILHADA. A água invadiu Bairros, praças e até a sede da Prefeitura, após o transbordamento do Rio IACO que corta o município.
Nas casas próximas ao rio o telhado é a única identificação. Sena Madureira tem hoje 17 mil pessoas atingidas e enfrenta sua segunda pior enchente em 24 anos.
Outro município sobrevoado por Bolsonaro foi Rio Branco onde o Rio Acre apresentou nesta quarta-feira (24) uma baixa de 10 centímetros. Mesmo assim, a capital está longe de ter um cenário de alivio. Em Rio Branco a água chegou a 24 bairros e trouxe problemas estruturais para a cidade que tem convivido com um alto índice de casos de dengue. No município a alagação já afeta QUASE 14 mil pessoas. Sem ter para onde ir, muitas famílias estão sendo levadas para os abrigos criados pela Prefeitura no parque de exposições.
Além de Rio Branco e Sena Madureira, os municípios de Tarauacá, Santa Rosa do Purus, Juruá, Jordão, Mâncio Lima,Porto Walter, Rodrigo Alves e Cruzeiro do Sul estão na mesma situação. Segundo dados meteorológicos, a situação permanecerá assim até meados de março quando as chuvas na Bolívia deverão diminuir.
Com 50% do Estado praticamente debaixo d’água, o Acre tem hoje entre desabrigados e desalojados cerca de 110 mil pessoas. Esta semana, o governo do Estado decretou situação de calamidade pública. A vinda de Bolsonaro ao Estado marca justamente o pedido de ajuda financeira ao governo federal para socorrer as vítimas.
Outra crise humanitária enfrentada pelo Acre é com os imigrantes haitianos e africanos. Cerca de 300 refugiados estão acampados Assis Brasil, desde que o governo do Peru proibiu a entrada deles no país. O receio é que os imigrantes contribuam ainda mais para o aumento de casos novo coronavírus no país. A fronteira começa a sentir os efeitos da permanência dos refugiados sobre a ponte. Uma enorme fila de caminhões e carretas, principalmente transportando combustíveis para Bolívia tem se formado no lado peruano a espera para atravessar para o território brasileiro.