Livre
O movimento “Unidos pela Vacina”, liderado por Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, com seu grupo Mulheres do Brasil, já reúne cerca de 400 empresários e entidades em torno do plano de ajudar a levar, até setembro, a vacina contra a Covid-19 a todos os brasileiros.
As primeiras ações do grupo devem começar a serem vistas esta semana, com peças publicitárias incentivando as pessoas a se imunizarem e com a conclusão dos pilotos da iniciativa nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Lima (MG).
Em entrevista coletiva nesta terça-feira para apresentar o movimento, Trajano afirmou que o grupo não pretende comprar vacinas, mas sim tentar resolver gargalos para sua chegada ao Brasil.
Para incentivar a união em torno da vacina, a campanha planejada terá a participação de torcidas rivais do futebol.
Duda Sirotsky Melzer, sócio da EB Capital, esclareceu que as primeiras peças publicitárias da campanha de incentivo à vacinação serão conhecidas ainda essa semana. Elas serão feitas por Nizan Guanaes e sua agência África.
A linha da campanha será a união em torno da vacina, antecipou o empresário, afirmando que algumas peças vão mostrar torcidas rivais de futebol unidos pela vacina, ou empresários concorrentes com a mesma mensagem em prol do imunizante.
Ele afirmou que será uma campanha “forte e muito ampla” em TV, rádios, jornais, revistas, meios digitais e redes sociais e que ela poderá se somar a outras iniciativas semelhantes no país.
Esforço para trazer vacina russa
Ela afirmou que integrantes da ação já se encontraram com representantes da vacina russa Sputnik V, que está pleiteando a autorização para uso no Brasil, com o objetivo de debater eventuais impasses que podem dificultar a chegada deste e de outros imunizantes ao Brasil.
A presidente do Conselho de Administração do Magalu afirmou que o grupo poderá comprar seringas e agulhas para ajudar governos que precisem de apoio.
— A questão não é dinheiro, se fosse falta de dinheiro era fácil, mas o governo tem recursos para comprar as vacinas — afirmou a empresária. — Mas podemos agilizar, com influências de nossas empresas e ajudar a chegar vacina.
Rio e Nova Lima escolhidas para o pontapé
Sobre os planos pilotos no Rio e em Nova Lima, a consultora Betania Tanure explicou que as cidades foram escolhidas pela facilidade de contatos do grupo e por representarem dois universos diferentes: o de uma metrópole e também o de uma cidade média.
Segundo ela, os trabalhos nas duas localidades estão avançados:
— Fizemos reunião com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, já foi feito o mapeamento das necessidades do Rio para vacinação em massa e neste exato momento estamos estruturando para saber qual será a colaboração lá e em Nova Lima, são situações absolutamente diferentes — afirmou.
O movimento também deve concluir neste fim de semana uma radiografia das necessidades das prefeituras para uma vacinação em massa.
Betania afirmou que o grupo não busca melhorar a imagem do empresariado brasileiro, depois da polêmica do início de janeiro, quando outro grupo empresarial chegou a dizer que negociava a compra de 33 milhões de doses da vacina de Oxford, e que metade seria retida para os funcionários das empresas participantes:
— A gente não está fazendo (o movimento) com o interesse de melhorar a imagem ou não (dos empresários) a gente está fazendo com um único interesse: tem que dar vacina para a população. Esse vírus não vai embora sem vacina. O que manda é a intenção, o coração da gente, não é para dizer, “ah o empresário brasileiro é bom”, é para dizer que unidos vamos conseguir salvar vidas e melhorar a economia.
Um dos grupos da iniciativa trata da negociação com o governo. Ele é tocado por Marcelo Silva, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
Ele afirmou que a iniciativa foi bem recebida pelo governo federal e que as primeiras reuniões de trabalho devem ocorrer nos próximos dias.
Outros grupos serão liderados por empresários muito conhecidos: Walter Schalka, presidente da Suzano, lidera a área de insumos e vacinas e Paulo Kakinoff, presidente da Gol, coordena o grupo de logística e armazenamento.
Cristina Riscala, do Grupo Mulheres do Brasil, ficará encarregada pela aplicação da vacinação da população em si.
— Estamos nos colocando uma meta ousada. Podemos não conseguir, mas vamos tentar com todas as forças — afirmou Luiza Helena Trajano.
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