Com o colapso na saúde, alertado pelo governador Marcos Rocha (sem partido), pacientes que contraíram a Covid-19 estão sendo enviados para tratamento em outros estados. A previsão era de que até está semana, cerca de 90 doentes fossem enviados para fora de Rondônia. Porém, o governo estadual vem esbarrando em um problema inesperado, a recusa pelas pessoas em deixar o estado.
Diante do impasse, o governo por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou na noite de terça-feira (26) que para os casos onde houver a rejeição, o paciente precisa assinar uma declaração de responsabilidade. “A grande maioria dos pacientes não querem ir. É assinado um termo onde o paciente diz que não quer ir, assinado por ele ou por familiar”, disse o secretário de Estado da Saúde Fernando Máximo.
Até a terça-feira (26), segundo o titular da Sesau o estado tinha 10 leitos garantidos em Cuiabá (MT), 10 em Campo Grande (MS) e mais 10 leitos em Três Lagoas (MS). Ainda segundo ele, trinta leitos são garantidos na medida em que os pacientes queiram ir. Além desses ofertados, existiam também os leitos clínicos, tanto em Porto Alegre (RS) quanto em Curitiba (PR). Máximo diz que lamenta a decisão das pessoas.
“Infelizmente nós não estamos conseguindo pacientes. Esses pacientes não querem ir, nem para Curitiba e nem para Porto Alegre. Assistentes sociais, psicólogos e médicos têm tentado um poder de convencimento com esses pacientes, mas temos enfrentado bastante resistência”, declara.
Segundo o secretário da Sesau, as aeronaves da Aeronáutica estão deixando o Estado de Rondônia praticamente vazias. “Tem muitos pacientes, mas a maioria não tem interesse de seguir”, lamenta.
Para o secretário, os pacientes precisam entender que o governo estadual está tentando oferecer o melhor para eles neste momento. E acredita que a maneira para convencê-los deve partir dos pacientes que foram e que estão sendo muito bem atendidos pelas equipes de saúde, e prefeituras. “Estão felizes porque estão indo com a certeza de receberam tratamento em um lugar em que a pandemia está numa curva bem diferente da nossa”, explica.