Candeias do Jamari, RONDÔNIA – Com potencial agroturístico reconhecido e ainda não explorado, este município, a 20 quilômetros da Capital Porto Velho, poderá continuar fora o ranking regional caso os gestores locais não atentem para sua importância no próximo quadriênio.
Uma coisa é certa, apontaram moradores antigos em conversa com a Reportagem no último final de semana. Segundo disseram, 'aqui, em Candeias e região, não pontos turísticos para listar aos visitantes e turistas domésticos e estrangeiros'.
Num giro rápido pela cidade, rapidamente, se pode conhecer parte do potencial anunciado no âmbito social, econômico, do agronegócio da soja e dos balneários. Num desses pontos, o mais atrativo, por sinal, 'o Complexo Turístico teima em ficar de pé depois de descasos contínuos', se queixa ex-vereador não reeleito fora da base governista.
Conhecer a cidade e o interior dessa cidade, antigo Distrito de Porto Velho, 'há uma gama de possibilidades' admitem parte dos universitários dos cursos de Gastronomia, Turismo e Administração que desabafam: 'a mão de obra local jamais foi vista com bons olhos pelos políticos e gestores', do passado e da atualidade.
Para quem já esmiuçou parte do acervo de suas belezas, segundo pioneiros ouvidos no Setor de Balneários e Projetos de Assentamentos do INCRA, 'não se deve restringir apenas aos ambientes urbanos e rurais de pouco ou média concentração em finais de semana'. A muito o que se ver em Candeias, como uma extensa oferta de programas e atrativos que deveriam integrar a lista de qualquer viajante e/ou aventureiro de ocasião.
Além dos balneários próximos a cidade, entre os quais os do entorno da BR-364 até bem próximo os caminhos que levam ao recanto da Jacutinga, Rio Preto, Igarapé do Taboca e a imóveis de assentamento em terras da União, 'todo aquele que deseja conhecer esses locais, de verdade, ainda não se dispõe de um guia capaz de indicar e apontar tais atrativos, facilmente', em impressos e/ou através de Home Page oficial.
Ao NEWSRONDÔNIA moradores nativos que habitam no entorno do Rio Candeias – e da região central da cidade, disseram, diante das expectativas criadas com a nova administração, 'é chegada à hora de a Prefeitura elaborar diagnóstico apontando diagnóstico verdadeiro das potencialidades econômicas e turísticas do município'.
– Candeias do Jamari e região em uma oferta extensa de locais que ainda não foram desbravados, nem pelos moradores nem por viajantes', arrisca o agricultor da reforma agrária Francisco Nonato, 46 anos.
Sobre o guia elencando os principais pontos turísticos e do agro de Candeias (cidade) e da zona rural, a partir dos balneários, sítios, chácaras, fazendas, bares, restaurantes, hotéis, pousadas, cafés e pontos comerciais, 'objetiva ajudar quem está montando roteiro de visita e viagem'.
– Praticamente, é o básico que um gestor deve fazer ao menos para orientar o público para quem já foi ou quer conhecer nossa cidade que, um dia, despontou no passado recente como a segunda economia do Estado, afirmou Paulo Sérgio de Albuquerque, 45, técnico de informática.
Além do potencial dos rios Candeias e Jamari, na Vila Nova Samuel, a 50 quilômetros do centro da cidade, 'a região de sítios oferece belos atrativos', apesar da parte da floresta ter dado lugar a fazendas e campos, praticamente, desérticos por conta do avanço da pecuária e da especulação em terras da União, antes, destinadas à reforma agrária.
Samuel, que abrigou a primeira hidrelétrica do Estado, ainda assim, segundo consultores, mesmo diante de tantas aras degradadas pelo avanço do desatamento ilegal de antigas florestas em pé, 'depois de Triunfo, tem tudo para se transformar num pólo turístico rural', a exemplo de parques temáticos a partir de Cacoal.
A TAREFA DE CASA – De acordo com pesquisa local atribuída a uma gama de universitários locais, 'a nova administração tem muito a fazer se quiser dá um basta no atraso histórico'. E apontam sugestões, entre as quais, ordenamento do comércio, fomento aos empreendedores, saber dar preço nos produtos internos, regularização fundiária e qualificação da mão de obra (pública e privada). Além da celeridade na formação dos jovens cidadãos.
Na cidade, por parte dos moradores locais, a Reportagem captou nessa inicial do novo governo em Candeias do Jamari, 'uma boa impressão nas propostas apresentadas pelo jovem refeito Valteir Queiroz'. Porém, não poupou comentários negativos, segundo os quais, 'ele não deveria prestigiar tanto a mão de obra externa', a exemplo das últimas três décadas.
Nesse ponto, as sugestões pairam sobre a fuga de profissionais de saúde, ambientais, agronomia, administradores, advogados, passando, ainda, por técnicos da área de veterinária, mecânicos de auto, motoristas e recursos humanos que migram para estados vizinhos, 'justamente, por falta de incentivo oficial ao seu aproveitamento'.
No setor urbano, ainda é grande estado de precariedade dos bairros das vias de acesso à periferia e desta ao centro da cidade. Parte das ruas, como as avenidas Tancredo Neves e Airton Senna, 'se vê poças de água, em trechos sem meio fio e calçamento adequado', reclama a doméstica Francisca Nonata, 31, cujo destino no domingo 24, foi o Balneário Rio Preto.