O ministro da Saúde, general de divisão Eduardo Pazuello, permitiu o despacho de 120 mil unidades de hidroxicloroquina para tratamento de vítimas da Covid-19 em Manaus (AM). Isso ocorreu às vésperas do colapso (14/01) do serviço público de saúde na cidade, por causa da falta de oxigênio nos hospitais.
É o que revela, neste sábado (23/01) a Agência Reuters, ao noticiar o pedido da Procuradoria Geral da União (PGR), para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra inquérito contra o general Pazuello. A justificativa do procurador-geral, Augusto Aras, é “por suposta omissão na conduta”, diante de uma situação que se agravou até atingir o colapso.
Ministério recomendou tratamento
O procurador-geral da República salienta que o Ministério da Saúde embarcou a hidroxicloroquina como medicamento para tratamento dos pacientes “… inclusive com orientação para tratamento precoce da doença, todavia sem indicar quais os documentos técnicos serviram de base à orientação”.
Todavia, além dos relatos da PGR, a hidroxicloroquina há uma série de problemas envolvendo o Ministério da Saúde de conhecimento público. Alguns, que datam do primeiro semestre de 2020.
Augusto Aras faz uma cronologia dos fatos, desde o Natal, sinalizando agravamento no atendimento em Manaus. Mas, o pedido de inquérito ao STF foi desdobramento de representação levada por partidos políticos, que apontaram atos de “prevaricação” de Pazuello.