Está no Decreto Lei 25.138, de 15 de junho de 2020 sancionado pelo governo de Rondônia, todo é qualquer cidadão deve obrigatoriamente usar [máscara] em qualquer local, principalmente nos ambientes coletivos.
O documento também menciona multa para os casos de cidadãos flagrados, ou que não estiverem fazendo uso do utensílio. A determinação também vale para donos de estabelecimentos comerciais. A recomendação é clara, indistintamente da classe social, mas na prática o contexto muda de foco.
Basta dar uma volta em espaços públicos da capital para comprovar a falta de “empatia” que tem tido o portovelhense com o cuidado ao próximo. Um exemplo é o Espaço Alternativo, localizado nas proximidades do Aeroporto Governador Jorge Teixeira de Oliveira. Por lá, frequentadores, que chega a receber pouco mais de 2 mil pessoas diariamente, na sua grande maioria tem ignorado a obrigatoriedade da máscara. Aos finais de semana os flagrantes de aglomerações são ainda mais absurdos.
O desrespeito é generalizado. Por adultos, crianças, adolescentes, idosos, e pasme, até políticos que deveriam dar o exemplo são vistos caminhando sem máscara. Na passarela da ignorância homens e mulheres desafiam o poder do novo coronavírus que tem se revelado um vírus mortal.
Em Rondônia, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) registrou a marca de 2.056 mortes no último domingo (17), com mais de 112.468 infectados, desde o início da pandemia por aqui em março de 2020. “As pessoas precisam entender que se, não fizeram a parte delas, nós continuaremos sucumbido para esse vírus. É necessário mantermos o distanciamento urgente, usar a bendita da máscara. Tem gente por aí reclamando do incomodo que causa o utensílio, mas eu digo assim, antes sentir um desconforto de ar pelo uso do tecido, que morrermos pela falta dele. Consciência povo”, pede uma usuária do Espaço Alternativo que prefere não se identificar.
A falta de cobrança pelos órgãos fiscalizadores pode estar associada com o desrespeito comprovado no Espaço Alternativo. Em toda a extensão da pista e dos arredores do complexo, não existe a presença de material educativo, como placas que atentem para a obrigatoriedade do uso da máscara.
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“O governo de Rondônia, e a Prefeitura de Porto Velho tem pecado nas práticas educacionais. É nítido que as pessoas infringem a lei e o espaço entre as outras pessoas. E quando isso ocorre, as instituições precisam mostrar presença. Não vejo isso por aqui”, diz a comerciante Márcia Penteado que costuma procura o local para se exercitar. Ela conta também que sempre está usando a sua máscara.
A obrigatoriedade para o uso da máscara vem sendo recomendada desde junho por cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) preconiza que proteger o nariz e a boca se tornaram ações eficazes para evitar o contagio pelo Novo Coronavírus. Em entrevista à BBC Brasil, a médica Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirmou que o “tecido impede que o vírus entre no nosso nariz ou na nossa boca a partir das gotículas de saliva que saem de uma pessoa durante tosses, espirros ou conversas”.