Os especialistas na área de saúde avisaram. As aglomerações das festas de Natal e Ano Novo deveriam ser evitadas, se a população não quisesse participar de um verdadeiro filme de terror. Pouca gente seguiu as recomendações e os conselhos da ciência. O resultado vem sendo catastrófico, como o que estamos acompanhando em Manaus. Na capital amazonense, pacientes estão voltam para casa porque não conseguem atendimento médico nos hospitais.
A população do Estado de Rondônia também pecou quando relaxou no quesito cuidados com o próximo. Por aqui os casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) não param de aumentar. Só na sexta-feira (15) Rondônia contabilizava 1.380 novos registros, com 17 mortes e 16.794 casos ativos da doença.
Com uma quantidade expressiva de registros diários, os hospitais públicos e os conveniados pelo Governo já não estão mais suportando a demanda por tanta procura. Na tarde de sexta, durante coletiva com a imprensa, o titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) Fernando Máximo deu ultimato para a população. “Rondônia está entrando em colapso. Os leitos foram criados e estão funcionando. O governo conseguiu comprar alguns leitos na rede privada,mas agora não tem mais. A rede privada está cheia, tanto da capital quanto do interior. Precisamos agora que as pessoas vistam a camisa. Não tem mais para onde expandir. Não tem mais profissionais de saúde”, desabafa.
O alerta é para que a população se cuide, use máscara nos locais públicos e evite aglomerações. “Tem gente aguardando uma vaga para a UTI. Evite que aconteça aqui em Rondônia o que estamos vendo em Manaus” enfatiza.
Novo decreto deve ser anunciado
O governo deve anunciar nas próximas horas um novo decreto restringindo o distanciamento social, e fechamento de empresas não são essenciais. Porto velho deverá voltar para a fase – 1 do decreto, a mais temida pelos comerciantes. A medida tem como base frear o aumento de novos registros do coronavírus. “O governo é ciente de que neste momento precisa acontecer essa restrição. Acreditamos que se a população colaborar, usar máscara, não aglomerar, sair de casa somente se necessário, isso ajudará o estado não colapsar”,explica.
Não está descartado o cancelamento da prova do Enem marcada para o domingo (17). “Infelizmente estamos colhendo os frutos das festas de Natal com as aglomerações e sem uso de máscaras. Nos próximos dias podem surgir os casos do réveillon. São pacientes graves, pacientes vindo a óbito, UTI’s lotadas”, destaca.