Nos hospitais públicos e os privados conveniados para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus, existem pacientes na fila esperando por um leito de UTI, por uma vaga de enfermaria. “Na prática o cenário é desolador. É uma escolha pela gravidade”, relata uma médica que trabalha no Hospital Cemetron e que preferiu não se mostrar.
E um desses pacientes é o experiente jornalista Chagas Pereira que trabalha no Jornal Diário da Amazônia em Porto Velho. O profissional de 65 anos foi diagnosticado com a Covid-19. Informações divulgadas nesta quinta-feira (14) pela família davam conta que o profissional aguardava por um leito desde o início desta semana. Hoje ele teria sido transferido para a UTI do Hospital de campanha Regina Pacis. Atualmente seu estado clinico inspira cuidados.
No painel de registros que é divulgado diariamente pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), autarquia ligada a Sesau/RO o quadro de novos infectados não para de subir. Mas exatamente nesta quinta estava apresentando uma instabilidade.
Nesta quinta-feira (14) eram 1215 casos em 24 horas, com 11 mortes. Com relação ao índice Brasil, Rondônia estava entre os 14 estados mais o Distrito Federal como instabilidade no número de mortes.
Mesmo assim a ocupação de UTI sobe gradativamente conforme a movimentação de eventos realizados em desacordo com a Lei. Em muitos hospitais na capital e pelo interior a procura por atendimento tem sido angustiante para milhares de rondonienses.
No Hospital Cemetron todos eles atingiram a sua máxima. Nesta quinta, o Hospital de Campanha Regina Pacis tinha 92% de ocupação. Na zona Leste o Hospital de Campanha apresentava 75% dos leitos preenchidos. Na Assistência Médica (AMI) na Zona Sul o número de leitos de UTI era de 85,7%. No Samar o índice era de 81,1%. No Hospital de Base Ary Pinheiro a capacidade estava esgotada. Em Ji-Paraná, os leitos de UTI do Hospital Cândido Rondon tinham 100% da sua capacidade. E o HCR em Cacoal com 78,6%.
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As autoridades esperam vencer o problema, mas enquanto a vacina não é liberada pela Anvisa, cabe a população se conscientizar, tomando os cuidados necessários que todos já sabem. Usando máscara ao frequentar qualquer lugar público e principalmente na rua, e se higienizar limpando bem as mãos com água e sabão.