Porto Velho, RONDÔNIA – Ainda à espera de melhorias por parte do poder público, o bairro Jardim Santana, na periferia Leste da cidade, começou a ser ocupado no século (1990) cujas terras pertenciam à União. Nos anos 2009, o município obteve a cessão das terras após decisão inédita do Governo Federal.
De lá pra cá, o cenário de suposto abandono pouco foi alterado para melhor do ponto de vista da infraestrutura física, paisagística e/ou arquitetônica. Na visão dos consultores independentes, fora da estrutura oficial, ‘a reordenação tem um quê de descaso público’.
Segundo estudos apontados por setores independentes consultados, fora do eixo do Conselho Regional de Engenharia (CREA) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), ‘Jardim Santana deveria servir de modelo aos demais’, até porque, parte dos imóveis terem sido contemplados com documentos, o que não ocorreu com os vizinhos locais.
Ivanete Barbosa, moradora conhecida da comunidade santanense e adjacências, diz que, ‘sobrevivemos a dias difíceis com falta de água potável, pavimentação e urbanização 100%, até aqui’. Ela aponta, todavia, que ‘o pior já passou e que, agora, o surgimento de novas lideranças tem tudo para não se tirar o pé do acelerador e brigarmos mais por mudanças e transformações’.
Na inicial da ocupação, muito antes dos anos 1990, a região Leste serviu por há anos como varadouros para desovas de veículos e corpos atribuídos à criminalidade’. Atualmente, muita coisa mudou – para melhor, arriscou Ivanete Barbosa ao citar a presença de homens e máquinas em fases alternadas de operações de limpeza, mutirões e ações sociais.
À época, tínhamos terrenos alagadiços, caminhos de caça e pastos improvisados com fazendeiros engatinhando para tocar o gado nessa área mais afastada da cidade, como o Jardim Santana, a líder comunitária assinalou na descrição de um pouco da história dessa comunidade.
Com a expansão municipal rumo à regularização total das propriedades por parte do município, o bairro que, antes contava com 2.173 lotes ocupado (até agora, apenas 47e teriam sido legalizados), esse número, do ponto de vista legal, já teria atingido até cinco mil imóveis, apontam fontes fora dos órgãos de controle, como a Secretaria Municipal de Urbanização e Regularização Fundiária (SEMUR), INCRA Regional e IBGE, instados pela reportagem há duas semanas.
Cortado por córregos que deságuam nos bairros vizinhos (Socialista, Mariana e outros), criando áreas de baixadas, segundo o técnico Washington Charles, 71, ‘e destes singrando a área central da cidade, o Jardim Santana ainda se ressente de solução em questões relacionadas com direitos e liberdades, além da educação, saneamento, iluminação, regularização fundiária, transporte coletivo, geração de emprego e renda, e área da segurança pública’.
Além de Ivanete Barbosa, outros moradores apontaram uma saída plausível para que todas essas questões sejam respondidas, se alcançadas pelo poder público. Segundo o pensamento dessas pessoas, a maioria e de migrantes nordestinos e amazonenses, ‘é possível Prefeitura e o Governo do Estado e alinharem em um grande projeto de desenvolvimento, não só pelo Jardim Santana, mas rumo a todos os demais’.
Dona Ivanete, segundo contato com o NEWSRONDÔNIA, ‘esses são temas deixados de lado por sucessivas lideranças que passaram por nossa Associação de Moradores’. Muitos dos quais, ‘só levando em conta interesses pessoais’, aos sepultarem o sonho de água potável, saneamento, segurança pública, educação, saúde, transporte coletivo, iluminação, geração de emprego e renda, sobretudo aos jovens, mulheres e idosos da terceira idade.
DE OLHO NO FUTURO – Ivanete Barbosa e moradores não vinculados a mandatos eletivos acreditam, enfim, que o quadro da situação atual em que se encontra o Jardim Santana deva mudar durante o segundo mandato do prefeito reeleito Hildon Chaves (PSDB).
A meta discutida por novas lideranças que não aceitam a suposta inércia de alguns supostos porta-vozes locais são buscar a Prefeitura e outras autoridades afim de que ‘ruas esburacadas, redes de esgotos obstruídas, mato alto, lixo acumulado, água potável 100%, pavimentação asfáltica e outras melhorias em 2021 devam ser solucionados’.
No quadro atual, com o avanço do período de inverno que voltou a castigar a cidade de Porto Velho, os moradores informaram que as ruas mais deficientes se situam na área central do bairro. No mapa viário atual, as vias mais afetadas, ‘sem escolhermos um lado político, mas a apena a verdade da nossa realidade, rogo ao prefeito que nos socorra’, arrematou a moradora Ivonete Barbosa.