A associação é um coletivo representado por várias mulheres, que surgiu baseado em um estudo que umas das fundadoras, Anny Cleyanne, assistiu através de um seminário realizado em 2011, onde teve o conhecimento do que de fato está por trás da lenda do Boto, entendendo que o abuso sexual intrafamiliar e que é mantido de maneira trans geracional ainda é totalmente presente nas comunidades ribeirinhas e até mesmo na zona Urbana de Rondônia e que as políticas públicas ainda são insuficientes e que essas vítimas em sua maioria das vezes não tem voz.
Atualmente a associação trabalham em prol de tornar a sociedade mais justa e equilibrada para os cidadãos independentes de sua classe social, gênero, religião ou cor, partindo do princípio da equidade: Não tem como promover igualdade, antes de corrigir violações de direito históricas mantidas na sociedade, tal como a objetificação do corpo feminino e a violação de crianças e adolescentes como seres de direitos.
Dentro da Associação foi formado o Núcleo de Étnicos Raciais com o objetivo de proporcionar espaços de fala, contribuir para o reconhecimento e valorização da cultura afro, identificar os tipos de racismo, preconceito e discriminação. Visto que em Rondônia tem 65% da população negra. Se faz necessário discutir identidades, para romper com a visão única de que os espaços de poder não merecem ser ocupados por pessoas negras.
Com o mês da consciência negra o núcleo de étnicos raciais deseja promover a feira cultural “novembro negro” com um dia de cultura afro para que as pessoas conheçam os(as) empreendedores(as) afrodescendentes da capital. Valorizando a cultura local, demonstrando trabalhos que são feitos pela população. Compreender a construção histórica da raça e como sua cultura foi desvalorizada, estimular formas de combater o racismo, sensibilizar o público sobre as objeções que negras e negros atravessam.
O projeto é organizado pela coordenadora do núcleo Estela da Costa e e a membra da associação Brenda Moreas que também participa do núcleo.