O golpe do WhatsApp clonado todo mundo já conhece. Ou seja, o estelionatário “transfere” a conta do aplicativo do celular da vítima para o aparelho do aplicador do golpe.
Agora, porém, os bandidos mudaram de tática. Em Cerejeiras, ao invés de “evoluir”, os estelionatários regrediram no tempo e estão aplicando um golpe muito mais grosseiro que o já conhecido golpe do WhatsApp clonado.
Os bandidos simplesmente retiram a foto da vítima e colocam no perfil de outro número de WhatsApp. Apenas isso. A partir daí, entram em contato com parentes das vítimas para pedir dinheiro.
Segundo o último caso registrado na Polícia Civil de Cerejeiras, na terça-feira, 27, uma mulher foi avisada por parentes que alguém estava entrando em contato com eles no nome dela “pedindo ajuda”. De acordo com o boletim de ocorrência, a pessoa deu uma conta no banco Santander para o depósito. Segundo a vítima, nenhum parente depositou o dinheiro e ela foi avisada imediatamente quando notou que o número era diferente.
Além disso, o número do estelionatário não é o mesmo do da vítima, o que levanta uma dúvida adicional: como os bandidos conseguem os contatos dos parentes da vítima se o celular não foi clonado? (Quando é clonado, a agenda de contatos é transferida para o aparelho do estelionatário). Esta realidade leva as vítimas a desconfiarem que os aplicadores dos golpes são pessoas conhecidas.