O presidente Jair Bolsonaro reverteu a queda de popularidade e retomou o patamar de aprovação que tinha em fevereiro, antes da chegada ao Brasil da pandemia de coronavírus, mostra pesquisa Ipespe encomendada pela XP Investimentos e divulgada na tarde desta segunda-feira.
O estudo associa a recuperação à faixa da população beneficiada pelo auxílio emergencial, de R$ 600 mensais.
Nesta rodada, 37% dos entrevistados disseram considerar o governo Bolsonaro ótimo ou bom. Há um mês, essa taxa era de 30%. Ao mesmo tempo, houve queda entre aqueles que consideram a gestão ruim ou péssima, de 45% em julho para 37% em agosto.
A avaliação regular ficou em 23%, sem alteração considerando a margem de erro.
Em fevereiro, antes da pandemia, Bolsonaro tinha 34% de ótimo e bom e 36% de ruim ou péssimo.
A XP/Ipespe conduziu 1 mil entrevistas telefônicas, com amostragem nacional, entre os dias 13 e 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Apesar da recuperação de popularidade do presidente, 50% dos entrevistados seguem apontando como ruim ou péssima a condução que Bolsonaro faz do combate à pandemia. Apenas 24% classificam a ação do presidente frente à doença como ótima ou boa.
A criação do auxílio emergencial de R$ 600 mensais aparece relacionada à retomada da popularidade de Bolsonaro, já que a avaliação do presidente melhorou justamente entre as pessoas que recebem até 5 salários mínimos. Entre os mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, a aprovação de Bolsonaro saltou de 28% para 34% em um mês. Entre aqueles que ganham entre 2 e 5 salários mínimos, foi de 32% para 44%.
De cada 10 brasileiros, 7 manifestaram apoio à continuidade do benefício, criado para durar somente até agosto.