Zona Leste, RONDÔNIA – Enquanto aumenta as demandas globais por alimentos orgânicos e há uma célere corrida de pessoas urbanas ao campo, o Setor Chacareiro sob o domínio da Associação de Ação Popular dos Hortifrutigranjeiros da União (AAPIGHU), no Jardim Santana, na próxima terça-feira (18), recebe de forma inédita ‘força tarefa com técnicos e dirigentes da EMATER e do Governo do Estado.
A decisão partiu da diretiva da empresa após reunião com representantes dos chacareiros ligados a esta entidade de classe rural. Na pauta, a elaboração final do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) e atualização automática da DAP (A DAP – Declaração de Aptidão do PRONAF é utilizada como instrumento de identificação do agricultor familiar para acessar políticas públicas, como por exemplo, o Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar – PRONAF).
Além da emissão de desses documentos cruciais à regularização dos agricultores a todos os programas de fomento, aquisição de alimentos e de crédito à agricultura, os chacareiros da AAPIHGU, terão a oportunidade de contar no evento com a presença da cúpula da EMATER e dos Escritórios Locais e Regional ligados ao órgão – um dos principais da gestão Marcos Rocha.
Conhecedores das potencialidades da região chacareira, técnicos e dirigentes da EMATER (equipes do ESLOC Imigrantes e suas Diretivas, esta representada pelos Diretores Leandro Brandão e José de Arimateia), serão informados das atividades sócio-produtivas já desenvolvidas, bem como escutarão sobre as recreativas e de lazer no meio rural chacareiro pela diretiva e pelos associados da AAPIGHU.
Com agenda bastante alongada prevista para a próxima terça 18, chacareiros e dirigentes da EMATER, possivelmente, ‘faremos chegar ao governador do Estado á necessidade de o Palácio Rio Madeira, da vez primeira, que, não só de hortifrutigranjeiros sobrevivemos a tantos temporais e perseguições de estelionatários fundiários e imobiliários’, diz Gabriela Camargo, 46, presidente’ da entidade anfitriã.
Serão reivindicados a EMATER a elaboração de projetos na área de fomento e crédito para hortaliças (sistema tradicional ou por hidroponia), avicultura, suinocultura (produção e engorda para corte), apicultura, piscicultura, tubérculos (batata, inhame e outros) e maior inserção ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) através do Estado. Além da doação de calcário, insumos, maquinários e assistência técnica permanente.
Em meio a uma provável incipiência herdada ao longo dos tempos por setores municipais, os chacareiros da AAPIGHU pretendem, ainda, em parceria com o Governo do Estado através da EMATER, obter a realização, pela vez primeira, o primeiro diagnóstico sócio-econômico da região chacareira. Segundo a presidente Gabriela, ‘nenhum Governo nos deu essa chance’.
Diante da atual situação de suposto descaso refletido na falta de políticas públicas voltadas ao setor primário-chacareiro, na próxima terça-feira (18.08), ‘aqueles que, verdadeiramente plantam e que ocuparam, mansa e pacificamente, as terras da União, ‘terão a chance de ouvir, falar e questionar planos, projetos, convênios e contratos para melhor sermos inseridos no mercado’, ela aduziu.
Além da aceitação das propostas, planos e projetos considerados tradicionais já tocados pelo Governo do Estado através da EMATER, Secretaria de Agricultura e Regularização Fundiária (SEAGRI), Secretaria do Patrimônio do Estado (SEPAT), SEAS, SESDEC (desta exigem maior policiamento), a AAPIGHU espera que a criação, instalação e funcionamento do Pólo Turístico Chacareiro – este já discutido com o governador -, seja implantado até 2021.
Esse plano, segundo detalhou Gabriela Camargo, na inicial do projeto, ‘teria a incumbência de atrair visitantes locais ao setor chacareiro às compras dos nossos produtos em dias da semana, sobretudo, aos sábados, domingos e feriados, diretamente dos produtores associados’.
O Governo do Estado, com apoio da EMATER, SEAGRI e da Superintendência de Turismo (SETUR), jogaria na mídia local a atuação de cada chacareiro associado e destes, a responsabilidade de atender as demandas dos visitantes e turistas, possivelmente, atraídos por uma campanha de marketing no programa institucional dessas pastas governamentais, sugeriu Gabriela.