O juiz poderá rever o benefício concedido a Queiroz e sua mulher e determinar que o amigo do clã Bolsonaro volte para a prisão. O ministro Felix Fischer, relator do caso da "rachadinha" no STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou 97% de habeas corpus a favor de presos que alegaram riscos em razão do coronavírus.
Segundo a Folha de S.Paulo, o ministro rejeitou 133 de 137 pedidos para que detentos pudessem deixar as cadeias e cumprir medidas alternativas durante a crise sanitária.
Em agosto, Fischer examinará a decisão do presidente do STJ, ministro João Otávio Noronha, que beneficiou Fabrício Queiroz, amigo íntimo do clã Bolsonaro.
Noronha converteu a prisão preventiva de Queiroz em domiciliar, e beneficiou também a mulher do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que estava foragida. A defesa de Queiroz usou em sua argumentação os riscos da Covid-19.
Na última quinta-feira (23), o gabinete de Fischer despachou os autos do habeas corpus de Queiroz para manifestação do Ministério Público Federal, um indicativo de que o julgamento não vai demorar.
Fischer é tido como um dos mais rigorosos ministros na análise dos pedidos de prisão domiciliar ou liberdade para presos que acionam o tribunal em razão da pandemia, informa a Folha de S.Paulo. A aposta é que ele poderá rever o benefício concedido a Queiroz e sua mulher.